Anualmente, o mundo produz 50 milhões de toneladas de lixo tecnológico, segundo dados do Greenpeace. Só neste ano, 10,1 milhões de computadores e 48,8 milhões de aparelhos celulares serão vendidos no Brasil.
Com o alto consumo, a expectativa é de que cerca de 30 milhões de celulares sejam descartados até o fim de 2008.
Para tratar do assunto, o Comitê para Democratização da Informática (CDI) de Santa Catarina realiza hoje (28/03) , às 18h, no Plenarinho da Assembléia Legislativa, em Florianópolis, uma discussão sobre lixo tecnológico.
Computadores, televisores e celulares, entre outros aparelhos tecnológicos, contêm metais que, colocados em lugares como terrenos baldios e aterros, podem contaminar o solo, os lençóis freáticos e, conseqüentemente, os alimentos.
Peças como placas-mãe são compostas de metais pesados como mercúrio e cádmio, que podem causar danos ao sistema nervoso, edemas pulmonares e câncer.
- Um monitor de computador leva cerca de 300 anos para se decompor no meio ambiente e contém dois quilos de chumbo - conta o presidente do CDI de Santa Catarina, Antônio Póvoas Dias.
Dias explica que esse lixo pode ser utilizado por empresas de reciclagem que trituram as placas e exportam os restos para o Oriente.
A cidade chinesa de Guiyu, próxima de Hong Kong, é o maior centro de reciclagem do mundo, importando anualmente um milhão de toneladas de computadores, impressoras e aparelhos de fax.
O objetivo do trabalho é aproveitar os metais e os fios.
O negócio emprega 100 mil pessoas e movimenta US$ 120 milhões por ano.
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Diário Catarinense, 28/03/2008)