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dengue
2008-03-28

Não são apenas as crianças que precisam tomar especial cuidado com a dengue. A doença já atingiu, desde janeiro, 159 grávidas, de acordo com reportagem publicada no jornal "O Globo" desta sexta-feira. O número é pequeno se comparado ao total de vítimas (43.523 pessoas no estado), mas preocupa porque, no mês passado, foi confirmado no Rio o primeiro caso de transmissão vertical brasileiro: um bebê foi contaminado ainda no útero da mãe. O episódio aconteceu no Instituto Fernandes Figueira, onde Ana Clara Silva Gomes nasceu, em 18 de fevereiro. Após passar um mês na UTI, a menina teve alta e está em casa. Apesar do final feliz, o chefe do setor de neonatologia do instituto, José Roberto de Moraes Ramos, alerta que a situação trouxe à tona uma nova questão: é preciso prestar mais atenção à doença durante a gestação.

- Na literatura médica encontramos relatos de que pode haver óbito do feto, má-formação ou retardo no crescimento quando as gestantes contraem dengue. Mas agora constatamos o primeiro caso de transmissão da doença da mãe para o bebê, que nasceu sem sintomas. No quarto dia, ele apresentou febre e pensamos que fosse infecção. Depois, com o surgimento de manchas avermelhadas, desconfiamos de dengue - diz ele.

Nesta quinta-feira, enquanto as Forças Armadas anunciaram o envio de 1.700 homens para combater a dengue no Rio, o prefeito Cesar Maia, em Salvador, pediu ao Senhor do Bonfim que "leve o mosquito da dengue em direção ao oceano".

Outra dificuldade que as grávidas enfrentam é a polêmica do repelente. Para José Roberto, nos três primeiros meses as gestantes não devem usar o produto. Depois, apenas os naturais, como os de citronela. Já o infectologista Roberto Medronho, da UFRJ, diz que elas podem usar o produto, mas com parcimônia. Segundo ele, os repelentes devem ser aplicados apenas nas partes descobertas do corpo, como braços e rosto, e no máximo duas vezes por dia. As grávidas que não tiverem ar-condicionado precisam usar roupas de mangas longas.

Falta leito para quem precisa ser internado

A Central de Regulação de Leitos do estado já não consegue absorver a demanda de pacientes com dengue. Nesta quinta, na tenda de hidratação montada pelo governo estadual em Santa Cruz, seis pessoas com a doença precisavam ser internadas, mas apenas duas tinham conseguido vagas em hospitais até o fim da tarde. Segundo a assistente social da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro, onde a tenda está instalada, cinco pessoas com outros problemas de saúde também aguardavam transferência, mas os hospitais estão recusando quem não está com dengue, por estarem superlotados.

Na tenda de hidratação de Campo Grande, que fica na UPA do bairro, 50 pessoas foram atendidas até as 18h. Na quarta, o número chegou a 103. No fim da tarde, a espera na fila não passava de 15 minutos, mas algumas pessoas que chegaram a tarde afirmaram que esperaram mais de quatro horas por atendimento.

Nesta quinta o município divulgou novos números da doença. A capital já tem 29.889 casos, com 31 mortes. O estado já registra 54 óbitos, 11 a mais que os notificados há seis anos, na epidemia de 2002. No dia 27 de março daquele ano, eram 43 óbitos, apesar de a quantidade de doentes ser muito maior do que a atual: eram 120 mil infectados, contra os 53 mil atuais.

Além da ajuda das Forças Armadas, o Governo Federal anunciou outras medidas para conter o avanço da doença . Segunda-feira, o Ministério da Saúde informou que serão contratados - tenporariamente - 661 profissionais da área de Saúde. Na terça, o ministério contratou os primeiros 100 profissionais , que já estão distribuídos pelos hospitais do Andaraí, Bonsucesso, Ipanema, Lagoa e Cardoso Fontes, em Jacarepaguá. Quarta-feira, as equipes de emergência recrutadas para atuar nos leitos destinados à dengue nos hospitais federais do Rio de Janeiro foram reforçadas com mais 70 profissionais.

(O Globo, 27/03/2008)


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