A Bradesco Capitalização lançou neste mês mais um título de capitalização com cunho social. Desta vez, a Fundação Amazônia Sustentável, voltada para programas e projetos de conservação ambiental e desenvolvimento sustentável, será a beneficiada com parte da receita da venda dos produtos. A expectativa é vender cerca de 250 mil títulos neste ano, informa Norton Glabes Labes, diretor da Bradesco. "Criar este título é um novo motivo de orgulho para nós, pois é uma oportunidade de ajudar o mundo e não só o Brasil", diz ele, que já administra outros três títulos sociais: SOS Mata Atlântica, Câncer de Mama no Alvo da Moda e Fundação Ayrton Senna.
O produto começou a ser desenvolvido em janeiro, dentro da estratégia do Banco do Planeta, uma espécie de fundo com o qual o Bradesco ajudará a Fundação Amazônia Sustentável. Anualmente, será repassada para a fundação R$ 10 milhões adiantados, independente da venda de títulos de capitalização e cartões de crédito. "Esperamos vender bem mais para podermos repassar uma verba maior", diz Labes.
O título tem custo mensal de R$ 20 e o contrato tem duração de 60 meses, quando o titular poderá resgatar o valor acumulado, corrigido pela Taxa Referencial. Os sorteios serão semanais, de R$ 50 mil. O saque pode ser feito a partir de um ano, mas com desconto sobre o valor acumulado.
A verba será utilizada para defender a Floresta Amazônica. A fundação já tem 2,7 mil famílias que são chamadas de guardiões da floresta. "Até o final de 2008 a meta é chegar a 4 mil famílias", diz Labes.
Atualmente, os títulos socio-ambientais representam 35% do faturamento. A Bradesco Capitalização já vendeu mais de 2 milhões do título que reverte parte da renda para a Mata Atlântica; 1,2 milhão com renda para a Fundação Ayrton Senna; e 100 milhões para o câncer de mama. Este último tem mensalidade de R$ 40, o dobro do valor dos outros citados.
O Banco Bradesco é um dos co-fundadores da Fundação Amazonas Sustentável. O projeto inédito, lançado em fevereiro deste ano, em parceria com o governo do Estado do Amazonas, objetiva preservar o meio ambiente e apoiar o desenvolvimento de comunidades amazônicas. O principal objetivo é preservar uma área de 17 milhões de hectares, do total de 5 milhões de quilômetros quadrados. Nessa região vivem 20 milhões de habitantes, que dispõem de um quinto do volume de água doce de todo o planeta. A região abriga um terço das espécies da flora e fauna do mundo e preserva os ciclos hidrológicos e as trocas de carbono que garantem o equilíbrio do clima no planeta. Anualmente, 1,6 milhão de hectares são desmatados, ou 1,6 milhão campos de futebol desmatados todos os anos.
(Gazeta Mercantil,
FGV, 26/03/2008)