A Petrobras inicia na próxima semana a licitação da plataforma P-55, que já foi cancelada duas vezes por preço excessivo apresentado pelos concorrentes e já está atrasada em pelo menos dois anos em seu cronograma para início de operações.
A licitação foi dividida em duas partes - construção e integração dos módulos -, e as propostas terão que ser entregues até o dia 30 de junho.
Segundo o gerente do empreendimento na Petrobras, Francisco Ramos, a estatal vai disponibilizar a área do dique seco do Rio Grande para a construção da plataforma.
O dique está sendo construído pelo estaleiro Rio Grande sob encomenda da Petrobras para ser arrendado pela estatal por um período de dez anos.
O casco da plataforma está sendo construído no estaleiro Atlântico Sul, no Porto de Suape (PE), e deverá ser concluído em cinco meses. O contrato para a construção do casco ficou em US$ 396 milhões.
Segundo ele, o prazo para a construção será de 31 meses, o que está próximo aos padrões internacionais de construção de plataformas, e bem abaixo da média brasileira, que supera 40 meses, afirmou Ramos, em palestra a fornecedores em evento promovido pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) e a Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi), no Rio de Janeiro.
Projeto teve custo reduzido
Ele afirmou ainda que o projeto da P-55 passou por modificações na tentativa de reduzir os seus custos. Na primeira licitação realizada pela companhia, o menor preço oferecido para a construção da P-55 havia ficado em US$ 1,6 bilhão. A expectativa, disse Ramos, é de que os custos possam ser reduzidos em até 40%.
A plataforma será do tipo semi-submersível e terá capacidade para produzir 180 mil barris/dia de óleo.
(Jornal Agora, 27/03/2008)