No momento em que discute com o Congresso a redução da edição de medidas provisórias (MPs), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou ontem (26) uma cerimônia no Palácio do Planalto para a assinatura de uma MP que permite a regularização fundiária de terras na Amazônia de áreas de até 1.500 hectares (15 milhões de metros quadrados). "Eu estou assinando esta MP atendendo a um pleito dos parlamentares", justificou, na conversa com os congressistas da Amazônia, após a solenidade, conforme relatou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). "Foi um pedido da base do governo na Câmara e no Senado", insistiu Lula com os deputados e senadores da região.
Segundo Jucá, na fala, ele defendeu também a importância da regulamentação da questão das Mps e da necessidade de elas serem melhor formatadas, com o que governo concorda. De acordo com o líder do governo no Senado, Lula reafirmou ainda que é preciso que o Legislativo leve adiante e vote a reforma tributária, que considera "muito importante" para o País. "O Congresso precisa levar a cabo a reforma tributária", afirmou o presidente aos parlamentares.
"O presidente disse que era uma MP do Congresso, que era uma MP que todos pediram, uma questão da Amazônia, que nós vínhamos reivindicando há tempos e ele estava atendendo a um pleito, na verdade, da base do governo na Câmara e no Senado", prosseguiu Jucá, destacando a importância da medida. O líder do PR na Câmara, Luciano Castro (RR), emendou: "Eu até brinquei com ele que vamos inaugurar um novo período de Mps porque ele estava há quase 30 dias sem assinar estas medidas. Ele ficou rindo e fez questão de dizer que assinava porque os parlamentares pediram e era um consenso no Congresso."
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Agência Estado, 26/03/2008)