Baseando-se pelas últimas observações via satélite, pesquisadores e funcionários da Nasa disseram que a região Ártica ainda está sobre "gelo fino" quando o assunto é o a calota polar. O inverno deste ano, que foi mais frio que o normal, ajudou a expandir a extensão de mar congelado, porém, a área antiga - que está congelada há anos - continua desaparecendo.
Cientistas declararam na terça-feira (18) que o surgimento dessa nova porção de mar congelado está ligado as recentes condições climáticas, enquanto que o desaparecimento do "gelo duradouro" - mais antigo - é conseqüência do aquecimento global.
O "gelo duradouro" é aquele que existe há tempos e sobrevive até ao verão que faz com que o "gelo periódico" derreta. É justamente esse "gelo duradouro" que está desaparecendo rapidamente e que tem preocupado cientistas do mundo inteiro. Segundo informações da Nasa, as áreas cobertas pelo "gelo duradouro' equivaliam de 50 a 60% do território Ártico, este ano ele cobre apenas 30%. Para melhor entender o impacto da mudança climática nas calotas polares, a Nasa pretende lançar - em 2015 - um novo satélite, o ICESat II, para acompanhar de perto o comportamento do gelo Ártico.
(Estadão Online, Ambiente Brasil, 26/03/2008)