"O Rio Grande do Sul permanece em estado de alerta contra a dengue. Apesar de todos os 26 casos notificados neste ano serem importados de outros Estados e nenhum considerado autóctone (contraído no RS), a vigilância deve ser constante e insistente. Isso porque os ovos do mosquito transmissor da doença podem sobreviver por até um ano e eclodir durante as próximas chuvas ou estações quentes e assim, aumentar as chances de a doença ser reintroduzida no Estado, pois ainda é recente, o vírus circulou aqui no ano passado". O alerta é do secretário da Saúde, Osmar Terra, cuja pasta mantém vigilância permanente sobre a doença e o combate ao mosquito transmissor.
O veterinário da secretaria Daltro Fonseca, do Programa Estadual de Controle da Dengue, explica que, nos municípios infestados, deve haver um agente para visitação a cada mil imóveis. Nas cidades não infestadas, são instaladas armadilhas para observar se há depósito de ovos do mosquito ou se há presença de larvas.
Em caso positivo, são realizadas visitas em todas as casas, num raio de 300 metros. Todos os focos encontrados são imediatamente eliminados por tratamento químico (larvicidas) ou mecânico (tampar, esvaziar, furar, esgotar), com intensificação das ações nos 59 municípios onde surgiram casos em 2007. As prefeituras são responsáveis pelo controle dos índices de infestação.
Fonseca orienta que todo o aluno deve ser sensibilizado na escola; todo trabalhador, em sua empresa; e a população em geral, nas residências, pelo trabalho dos agentes, e assim por diante, de forma atingir todas as frentes de combate à doença. "É preciso dar muita atenção ao trabalho do agente, pois esse é decisivo na inspeção dos imóveis, na pesquisa de focos, nas instalações das armadilhas e nas informações com credibilidade", completou.
(Governo do Rio Grande do Sul, 25/03/2008)