Material que será utilizado na obra orçada em R$ 9 milhões já está depositado no pátio da Corsan
A empreiteira Cosat Construções, Saneamento e Engenharia, de Florianópolis (SC), deve iniciar esta semana a ampliação da rede de esgoto de Santa Cruz do Sul. O trabalho, orçado em R$ 9 milhões, vai atingir 24 quilômetros de ruas e ficará concluindo em 18 meses.
O reforço na coleta e tratamento de esgoto é uma das antigas reivindicações da comunidade que, agora, está sendo atendida pela Corsan, com recursos obtidos junto ao governo federal. Desde 2002, Santa Cruz conta com uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), a Pindorama, próxima ao Cemitério Parque Guarda de Deus. Ela tem capacidade para tratar desejos de 70 mil habitantes, mas apenas 15 mil estão sendo contemplados. Com as novas redes, mais 18 mil serão integrados. “Ou seja, passaremos a atender 33 mil pessoas. E ainda ficaremos com capacidade disponível de 37 mil, para futuras expansões”, frisou o gerente da estatal, Paulo Stein.
O trabalho deve iniciar nas imediações da Escola Estado de Goiás. Nesse trecho será implantado em emissário que receberá as redes menores, de diversas ruas adjacentes. Esse correrá em direção à BR–471, onde fica a Estação de Bombeamento de Esgoto (EBE). A localização é quase na frente da indústria Simon Braun, mas do outro lado do asfalto. Desse ponto, os motores de recalque fazem o bombeamento para a ETE.
A estimativa da companhia é que 24 quilômetros de redes serão implantados, atingindo principalmente os bairros Goiás, Schulz e Senai e a Rua Coronel Jost. Próximo ao Centro, ocorrerão obras no Bairro Higienópolis. A canalização será ligada à rede de esgoto da Rua Marechal Deodoro.
A empreiteira pretendia iniciar ontem a implantação do emissário. No entanto, surgiram dúvidas quanto ao melhor ponto para transposição da BR–471. Enquanto isso não for resolvido, também não ficará definida a rua que receberá essa canalização principal. “Acreditamos que isso será solucionado durante a semana”, avaliou o gerente.
Passeio
Stein explicou que a Corsan e a empreiteira pretendem causar o mínimo de problemas aos motoristas, pedestres e moradores. Para tanto, a nova rede poderá ser colocada no leito da rua ou na calçada. Em locais já asfaltados, por exemplo, a preferência será pelo passeio.
A companhia possui uma equipe de fiscalização das obras. Mas se algum morador tiver reclamações sobre a reposição da calçada ou mesmo da pavimentação da rua, deve encaminhar a queixa de forma imediata ao escritório da Corsan.
Conta vai aumentar
Na medida em que a rede for implantada, os funcionários da Cosat conectarão o esgoto cloacal das residências com a nova tubulação. A partir daí, o morador ficará cadastrado para o pagamento da taxa de esgoto.
Conforme Stein, ela é calculada pelo gasto de água. Por exemplo, uma família que consome dez metros cúbicos paga hoje R$ 27,40. Com o esgoto, a conta terá acréscimo de R$ 19,18. Mais as taxas de serviço, o montante chegará a R$ 59,65.
A ampliação está orçada em R$ 9 milhões. Os recursos são provenientes do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, com contrapartida da Corsan. A princípio, o trabalho deverá ficar pronto em um ano, mas poderá estender-se um pouco mais, dependendo das condições climáticas.
(Por José Augusto Borowsky, Gazeta do Sul, 25/03/2008)