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2008-03-25
Em tempos de escassez de energia, a exploração do mar se configura em alternativa de grande potencial para geração elétrica equilibrada, limpa e de baixo custo. Embora o potencial dos oceanos como geradores de energia já seja conhecido desde o início do século XX, a conversão em eletricidade só se tornou possível devido a eventos recentes, que motivaram a procura pelo desenvolvimento de fontes alternativas e renováveis de energia. O avanço da ciência sobre o conhecimento dos mares, que ocupam dois terços do planeta Terra, torna, a cada dia, mais possível que esse potencial energético possa proporcionar consumo futuro de energia.

A Coppe, instituição de pesquisa de engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), possui três projetos de produção de energia renovável por meio do mar. Eles são desenvolvidos pelos técnicos da entidade e por colaboradores de universidades e de demais órgãos de ensino País afora. O responsável pelo Laboratório de Tecnologia Submarina (LTS) da Coppe, Eliab Ricarte, explica que o “projeto mais maduro”, como ele denomina, tem como fonte de energia o movimento das ondas do mar. O experimento foi implantado nas águas próximas ao cais do Porto de Pecém, a 60 km da capital Fortaleza.

Fatores como a altura significativa das ondas e o período de propagação das mesmas são evidenciados como os mais importantes no cálculo da potência contida em uma onda. Conforme aponta Eliab e pode ser visto no vídeo informativo abaixo, a concepção de energia das ondas funciona a partir da ação nos flutuadores. Estes equipamentos têm formato retangular e são conectados a um braço mecânico na estrutura principal. 

O movimento do braço induzido pelo flutuador trabalha como um pistão de uma bomba horizontal enviando água pressurizada para um tanque de estocagem chamado Câmara Hiperbárica (imagem à esq.). A câmara trabalha como um acumulador hidráulico. Quando a pressão dentro do acumulador alcança o nível operacional, a água é direcionada, através de uma válvula, para uma turbina hidráulica conectada a um gerador elétrico para produzir eletricidade.

O desenvolvimento do projeto conta com apoio da Eletrobrás e do governo estadual cearense. A escolha do local foi estratégica, pois os ventos constantes, que fazem do Ceará um dos maiores produtores de energia eólica do país, têm conseqüência na formação de ondas constantes.

Tecnologia brasileira
O engenheiro Eliab afirma que é fundamental trabalhar em cima da aplicação da geração de energia para que os resultados não fiquem apenas na teoria e deixem de ser subjetivos. “Estamos sempre procurando parcerias para os projetos. A tecnologia, entretanto, é da Coppe. E tecnologia totalmente brasileira”. Outro experimento comandando pelo instituto carioca está sendo aplicado em São Luís, capital do Maranhão. A energia maré-motriz advém do “sobe e desce” da maré, funcionando como uma hidrelétrica tradicional.

Um terceiro projeto, destaca o responsável pelo departamento, está em implantação da região Norte do País. Esse método para geração de energia passa pelo funcionamento de turbinas eólicas submersas. A exploração de fontes alternativas de energia na costa brasileira, explica Eliab, pode suprir a demanda em centros urbanos ou até em comunidade isoladas do Brasil. A importância dos projetos científicos desenvolvidos pela Coppe residem na flexibilidade que faz da energia das ondas um vetor com alcance muito além de outros vetores convencionais.

A tecnologia brasileira, conforme ressaltado por Eliab, faz que com que o País participe de seleto grupo de nações com capacidade desenvolvida de pesquisa para exportação e competição no mercado das energias renováveis.

(Porto Gente, 25/03/2008)

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