Emenda que permite a construção de edifícios de até 12 andares à beira-mar será votada hoje pelos vereadores
Após ser rejeitada por moradores e veranistas, a emenda polêmica que autoriza a construção de prédios de até 12 andares em Xangri-lá deve ser derrubada pelos vereadores. A proposta integra o Plano Diretor da cidade, que será votado hoje, às 19h, na Câmara do município.
Aemenda prevê prédios com até 12 pavimentos em duas áreas ao sul de Xangri-lá, entre os condomínios horizontais Las Dunas e Villas Resort, desde a beira-mar até a Avenida Paraguassu. Ontem à tarde, os vereadores se reuniram por quase duas horas para debater o Plano Diretor. A emenda, de autoria de Gilberto Tarasconi (PTB), foi um dos assuntos discutidos.
- Todos os vereadores se manifestaram contra, exceto o autor da proposta - disse o presidente da Câmara, Lonir Alves (PMDB).
Tarasconi lamentou a posição dos colegas e afirmou ainda ter esperança de que sua emenda seja aprovada:
- Com a rejeição, Xangri-lá perderá uma grande oportunidade de ter um Plano Diretor que melhore a qualidade de vida dos moradores.
A proposta original do Plano permite a construção de prédios de, no máximo, seis andares na Avenida Paraguassu e na Avenida Central de Atlântida, um dos balneários de Xangri-lá. Ontem, os vereadores não chegaram a um consenso sobre a aprovação dessa resolução. Caso ela também seja rejeitada na votação de hoje, continua valendo a lei atual, que autoriza prédios de até dois pavimentos.
Xangri-lá e Cidreira são os dois únicos municípios do Litoral Norte que não têm Plano Diretor. A medida atende a uma determinação do Ministério das Cidades, que exige a elaboração de um planejamento urbano dos municípios com mais de 20 mil habitantes.
Situação por município
Confira a altura permitida para as edificações nos planos diretores no Litoral Norte:
Arroio do Sal (Plano Diretor em vigência desde 1996): Quatro andares, entre o mar e a Interpraias (não há limite a oeste da via)
Balneário Pinhal (2006): Três andares (sendo dois à beira-mar e no entorno de lagoas)
Capão da Canoa (2004): Doze andares (10 na beira da praia e nove no centro)
Cidreira: Plano Diretor em elaboração
Imbé (2007): Oito andares na Avenida Rio Grande (entre a ponte Giuseppe Garibaldi e a Petrobras) e na Paraguassu e dois andares à beira-mar
Palmares do Sul (2006): Cinco andares na Paraguassu e dois à beira-mar
Osório (2006): Oito andares (à beira-mar, o limite é de dois a quatro andares)
Tramandaí (2006): Quinze andares, exceto à beira-mar a partir da Avenida da Igreja em direção ao Sul, onde o limite é de três
Torres (1995): Três andares à beira-mar até três quadras para dentro do continente
(Zero Hora, 25/03/2008)