Problema de esgoto e moradores descontentes. Esta é a cena, neste caso no bairro Mascarenhas de Moraes, na rua Reverendo Guimarães
Cansada de relatar a situação ao Departamento de Água e Esgoto de Bagé (Daeb) e indignada com os transtornos, que vão de mau-cheiro a alagamento de algumas casas em dia de chuva, a moradora Ivone Borges Marques procurou a reportagem do Minuano. “Faz anos que temos este problema e não sabemos mais o que fazer”, comenta ela, lamentando que não pode nem tomar chimarrão na frente de casa por causa do esgoto.
Ivone mostra um documento datado de 1985 relatando a questão ao Daeb. “Quando está escorrendo, muito a gente liga pra lá, o pessoal vem aqui, resolve, mas apenas temporariamente”, relata.
Quando chove, a situação fica ainda pior. “O lodo entra em algumas casas, levando fezes, ratos e tudo o mais que se possa imaginar. É horrível!”, lamenta a moradora do local há quase 40 anos.
O presidente da Associação de Moradores da Mascarenhas, Giordel Marques, conta também já ter conhecimento do problema, tanto que enviou ofícios ao Daeb.
Entupimento pode ocorrer por falta de conscientização
O engenheiro Michael Herreira, diretor operacional do Daeb, afirma que não há nenhum problema com a rede do local. “Foi um bairro projetado e a rede já foi feita assim”, explica. Herreira conta que quando as equipes do Daeb comparecem ao local para a desobstrução, encontram uma infinidade de dejetos, como sacolas plásticas, papel higiênico e lixo, que não deveriam ser encontrados. “A sujeira que é jogada em todo o bairro acumula ali, causando este entupimento. O que acontece é uma falta de conscientização, não dos moradores daquela rua, mas do bairro”, acredita o engenheiro, reafirmando que a rede não apresenta nenhum problema técnico.
(Por Francisco Rodrigues, Jornal Minuano, 21/03/2008)