O Ibama (Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) apreendeu ontem 68 m3 de mogno amazônico em Catanduva (385 km de São Paulo). A madeira, que cabe em duas carretas, estava armazenada na empresa Madeplás, que fabrica artefatos de madeira.
Segundo Carlos Eguiberto Rodrigues Júnior, chefe do escritório do Ibama em Barretos, que esteve no local, a Madeplás foi multada em R$ 20 mil por não ter declarado, em 2003, estoque e origem da madeira. "Cada metro cúbico de mogno custa cerca de R$ 3.000. Foi a nossa primeira apreensão desde 2005. A madeira deve ser doada", disse ele.
"Nos últimos dois meses, o Ibama apreendeu cerca de 250 m3 de madeira na região de Catanduva e de São José do Rio Preto, que está na rota da BR-153, por onde passam os caminhões que trazem a madeira da Amazônia para distribuição no Sul e no Sudeste", conta.
Renato Morandin, da Madeplás, disse à Folha que vai entrar com recurso para anular a notificação. "A nossa madeira é legalizada e tem nota fiscal. Não sabia que nossa empresa deveria avisar o Ibama sobre a estocagem." Morandin ainda afirma que a própria Madeplás chamou o Ibama para fazer a legalização de outras madeiras.
(Folha de S.Paulo, 22/03/2008)