Iniciativa visa determinar quais obstáculos nova embarcação deve enfrentar
O Instituto Martim Pescador promove no próximo dia 5 de abril uma expedição pelo Rio dos Sinos para verificar as condições de navegação para a nova embarcação que a entidade deseja construir. O objetivo é efetuar medições da altura de pontes e da profundidade do rio, além de registrar os pontos onde a presença de pedras e galhos podem provocar avarias no novo barco.
Segundo o presidente do instituto, Henrique Prieto, a viagem deve ter início no Rio da Ilha, no município de Taquara. A previsão é de que pelo menos cinco pequenas embarcações participem da descida do rio, que ocorre na parte da manhã. “Queremos saber quais serão as dificuldades que iremos encontrar para navegar com o Martim 2", afirma Prieto.
O trabalho incluirá a medição das curvas e o registro de posicionamento a partir de informações de satélite. Ao todo, o trajeto estudado tem cerca de 80 quilômetros. Os dados colhidos serão utilizados para determinar as características do novo barco, que ainda está sendo projetado. “Já sabemos alguns detalhes, mas é preciso estudar e ouvir os integrantes da viagem", defende o presidente do instituto.
De acordo com Prieto, a nova embarcação será menor e mais ágil que o Martim Pescador, para que possa enfrentar os obstáculos existentes no Rio dos Sinos na porção entre Taquara e Novo Hamburgo, trecho onde navegará. A princípio, a idéia é que a capacidade do Martim 2 seja de até 22 pessoas. A embarcação, do tipo catamarã, que tem dois cascos para maior estabilidade, será fabricada com alumínio. “A princípio pensamos em construir com fibra, mas o alumínio tem mais resistência. Além disso, o custo de manutenção ainda é menor que o do Martim Pescador, que é feito de ferro", explica Henrique Prieto.
Enquanto é projetada a nova embarcação, o Instituto Martim Pescador negocia parcerias para financiar o projeto e participar da iniciativa. “Queremos nos reunir com as prefeituras da região para negociar o apoio", adianta Prieto. “Quando tivermos um projeto bem definido, iniciaremos os contatos mais formais. O que sabemos é que já existe uma curiosidade muito grande do público em navegar naquela parte do Rio dos Sinos."
O presidente do instituto também afirma que será preciso viabilizar a construção de um novo píer para atracar o Martim 2. “Não podemos partir de São Leopoldo todas as manhãs para trabalhar em Taquara, por exemplo. Vamos precisar manter o barco naquela área do rio." Ainda não há previsão, no entanto, para a data de lançamento da nova embarcação.
(Jornal VS, 18/03/2008)