A tecnologia de veículos híbridos mais promissora e com maior penetração no mercado até agora exige que suas baterias sejam recarregadas a partir da rede elétrica tradicional.
Impacto variável
Preocupados com o impacto que essa demanda adicional terá sobre a geração e a distribuição de energia, pesquisadores do Laboratório Oak Ridge fizeram detalhadas estimativas para o caso específico dos Estados Unidos, onde se espera que os veículos híbridos cheguem a representar 25% da frota nacional em 2020.
O impacto varia de quase nenhum a muito forte, dependendo de um fator de difícil controle: o horário no qual os usuários colocarão seus carros para recarregar.
Necessidade de novas usinas
O processo de recarga das baterias de um carro híbrido atual consome cerca de seis kilowatts/hora. Se todos os usuários resolverem plugar seus carros na tomada ao chegar em casa, por volta das 17:00 horas, os Estados Unidos precisarão de nada menos do que 160 novas usinas nucleares ou termoelétricas.
Em um cenário de total comprometimento com o bem-estar geral, no qual todos os consumidores coloquem seus veículos para recarregar a partir das 22:00 horas, apenas seis novas usinas serão suficientes para dar conta da demanda adicional.
Carregadores inteligentes
"A inclinação dos consumidores será plugar quando lhes for conveniente, e não no momento preferido pelas distribuidoras. As distribuidoras terão que criar incentivos para encorajar as pessoas a esperar," afirma Stan Hadley, um dos autores do estudo.
A pesquisa também não leva em conta a existência de carregadores inteligentes, já disponíveis hoje, que têm em sua memória a informação sobre o custo da energia elétrica em cada horário, desligando-se automaticamente nos horários de energia mais cara. Esses aparelhos também conseguem calcular o limite de horário para se ligarem, dependendo do padrão de uso do veículo.
(Inovação tecnológica, 19/03/2008)