O Ministério Público Estadual (MP-SP) instaurou inquérito civil para apurar a necessidade da mudança de método construtivo na ponte de 1.800 metros do Trecho Sul do Rodoanel sobre a Represa Billings, que levou ao aterramento de mais de 30 mil metros quadrados do manancial da região de São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
O aterramento criou uma barragem, não citada no Estudo de Impacto Ambiental, e Relatório de Impacto no Ambiente (EIA-Rima) feito antes do licenciamento da obra pelo Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental (Daia), órgão da Secretaria de Estado do Meio Ambiente.
O inquérito foi aberto com base em uma reportagem publicada no dia 28 pelo Estado. De acordo com o promotor de Meio Ambiente da Capital, Carlos Alberto de Salles, "considerando as condições ambientais na região de mananciais, atravessada em sua obra pela alça sul, o método conhecido por corte e aterro é muito lesivo ao meio ambiente local porque representa a invasão e a secção de áreas de várzea, de preservação permanente, e mesmo da parte inundada da represa, modificando, com isso, a própria dinâmica hidrológica dos reservatórios atravessados (pela obra)".
Os investigados são a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e o Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa).
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(Por Eduardo Reina, O Estado de São Paulo, caderno Cidades/Metrópole, C 15. 15/03/2008)