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eucalipto setor florestal
2008-03-18
Visando ampliar o conhecimento sobre os morcegos como bioindicadores, a Duratex iniciou um projeto de pesquisa em cooperação com a equipe da Profª Renata Fonseca, do Departamento de Recursos Naturais e Ciências Florestais da Unesp de Botucatu. A dinâmica da comunidade de morcegos está sendo estudada em uma área piloto composta por remanescentes de vegetação natural e plantios de eucalipto, na Fazenda Rio Claro, em Lençóis Paulista, SP. Em um dos talhões de eucalipto os levantamentos serão realizados antes do corte aos 6 anos e posteriormente ao replantio para verificação da dinâmica dos animais em função da colheita e durante o desenvolvimento das árvores.

Os morcegos são reconhecidos pela sua importância para as florestas, podendo, em alguns ecossistemas, corresponder a cerca de 40 % das espécies de mamíferos. Por possuírem grande diversidade de hábitos alimentares e de uso de abrigos, os morcegos vêm sendo estudados como indicadores ambientais para os monitoramentos de fauna. Outros fatores motivam as pesquisas com os morcegos nas florestas: é o fato de serem eficientes dispersores de sementes, polinizadores e insetívoros.

Existe grande interesse em estudar a contribuição desses animais na dispersão de sementes de espécies nativas em locais que estão sendo revertidos de áreas cultivadas para áreas de conservação, na recuperação de áreas degradadas e no controle de pragas do eucalipto. Sendo os morcegos espécies de hábitos noturnos e com inúmeras espécies insetívoras, é de se esperar que tenham um importante papel no controle natural de lagartas (lepdópteros) e besouros (coleópteros) desfolhadores do eucalipto, cujas formas adultas também têm o hábito noturno.

Nos levantamentos já realizados foram identificadas 3 famílias e 13 espécies, entre elas espécies insetívoras, carnívoras, nectarívoras, frugívoras e hematófaga. Para tanto, o esforço amostral foi de 4.512 horas-rede, nos meses de outubro de 2007 e janeiro de 2008. Foi possível registrar o deslocamento das espécies entre área de remanescente da vegetação nativa e os talhões de eucalipto.

Volume de solo para a obtenção de gráficos com a área de perda ou acúmulo em cada um dos transectos (m³/10m) e ao longo da estrada (m³/km), demonstrando diferentes comportamentos do relevo em função das intervenções da chuva, permitindo quantificar o solo arrastado e prevenir contra um possível impacto ambiental. Através destes dados e tomando como base o fator LS, capaz de apontar exatamente as distâncias a serem adotadas.

(IPEF / SBEF Notícias. Adaptado por Celulose Online, 18/03/2008)

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