A maior obra de drenagem urbana de Porto Alegre será entregue à cidade nesta terça-feira (18). O prefeito José Fogaça inaugura o Conduto Álvaro Chaves-Goethe, a partir das 8h30. O roteiro de inauguração tem início na esquina da Avenida Cristóvão Colombo com Rua Dr. Timóteo, onde o prefeito concreta a última boca-de-lobo do conduto.
"A partir da conclusão da última boca-de-lobo do conduto pelo prefeito Fogaça, a obra estará 100% concluída e em pleno funcionamento", destaca o diretor-geral do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), Ernesto da Cruz Teixeira. Iniciada em maio de 2005 para controlar alagamentos em nove bairros da cidade, a obra do Conduto Álvaro Chaves implantou 15 mil metros de redes pluviais em 34 ruas da Capital, beneficiando cerca de 120 mil moradores da região atingida.
Cidade Subterrânea
Dos 15 mil metros de canalizações, 1.950 metros trabalharão como conduto forçado (rede sob pressão), 2.510 metros são redes de macrodrenagem e 10.850 metros são tubulações de microdrenagem (rede de diâmetro inferior a 1,5 metro). Cerca de 3.800 metros de galerias de concreto foram construídas no subsolo para conduzir a água da chuva ao Guaíba.
Na Rua Cel. Bordini localiza-se a maior galeria do conduto, com 7,5 metros de largura, com 2,5 metros de altura (de um meio-fio ao outro da rua). Para a execução desta galeria o DEP fez uma escavação de 8,8 metros de profundidade, equivalente a um prédio de 2,5 andares.
A obra
O Conduto Álvaro Chaves-Goethe tem investimento de R$ 59 milhões com financiamento de 66% desse valor através do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e contrapartida da prefeitura de 34%. O objetivo da obra é controlar alagamentos em pontos críticos de nove bairros e da Avenida Goethe. O conduto correrá paralelo ao Canal Tamandaré, diminuindo a sua vazão, que será levada até o Guaíba.
As ruas e avenidas atingidas são a Álvaro Chaves, Rua Santa Rita, Avenida Pernambuco, Avenida Chicago, Rua Félix da Cunha, Rua Doutor Timóteo, Rua Marquês do Pombal, Rua Coronel Bordini, Avenida Cristóvão Colombo, Rua Visconde do Rio Branco, Rua Conde de Porto Alegre, Rua Eudoro Berlink, Rua Quintino Bocaiúva, Rua Tobias da Silva, Rua 24 de Outubro, Rua Padre Chagas, Rua Mata Bacelar, Avenida Mariland, Rua Felipe Neri, Rua Silva Jardim, Rua Freire Alemão, Avenida Nova York, Rua Auxiliadora, Rua Carlos Von Koseritz, Rua Corcovado, Avenida Plínio Brasil Milano, Rua Cândido Silveira, Rua Felicíssimo de Azevedo, Travessa Azevedo, Travessa Angustura, Rua Olavo Barreto Viana, Rua Luciana de Abreu, Rua Xavier Ferreira, Parcão (Goethe - Prado), beneficiando os bairros Moinhos de Vento, Auxiliadora, MontSerrat, Rio Branco, Bela Vista, Higienópolis, São Geraldo, Floresta e Navegantes.
O conduto é a primeira obra da cidade a ter acompanhamento direto da assessoria comunitária do DEP, fazendo constantemente a relação da obra com a comunidade. É a primeira obra no Estado executada de acordo com a legislação federal, que determina que escavações em sítios arqueológicos devem ter acompanhamento integral de um arqueólogo. O monitoramento arqueológico do conduto recolheu mais de 9 mil peças. A futura análise destes materiais ajudará a esclarecer a história antiga de Porto Alegre.
A obra teve monitoramento ambiental "in loco", que define a execução dos trabalhos de engenharia no que diz respeito à compensação e impacto ambiental. A remoção de árvores, previa, inicialmente, a retirada de 408 vegetais. Porém, foram suprimidas apenas 79 árvores, representando uma redução de 80% do corte. Uma importante ação ambiental foi a decisão de preservação do Túnel Verde da Rua Marquês do Pombal, com a mudança do traçado do conduto para a Avenida Cristóvão Colombo.
(Prefeitura de Porto Alegre, 17/03/2008)