O chanceler uruguaio, Gonzalo Fernández, reiterou ao chanceler argentino, Jorge Taiana, reclamações sobre a interdição de estradas e pontes internacionais promovida por ambientalistas argentinos, em reação à instalação da fábrica de celulose Botnia em Fray Bentos, sul do Uruguai, próxima a fronteira com a Argentina. O impasse binacional foi levado à Corte Internacional de Justiça de Haia (Suíça) e deve ser julgado em 2009.
O assunto foi publicado em um comunicado do Ministério das Relações Exteriores uruguaio sobre o encontro entre Fernández e Taiana, realizado quarta-feira em Buenos Aires. Esta foi a primeira viagem do chanceler uruguaio ao exterior em sua rodada de apresentação aos seus pares do Mercosul.
Taiana reforçou a alegação de violação do Estatuto do Rio Uruguai de 1975, tratado bilateral para a gestão do rio, pela Argentina, afirmando que "é preciso velar pelo efetivo cumprimento de suas normas".
Além do impasse em torno na Botnia, os dois chanceleres repassaram os temas que compõem a agenda bilateral, com destaque para especial, a situação do Mercosul e o conflito entre Equador e Colômbia - horas antes da reunião convocada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) em Washington.
Fernández foi o principal negociador do governo uruguaio perante a Argentina no caso da Botnia. Ele ocupou o cargo de Secretário da Presidência do Uruguai até o início de março, quando assumiu a chancelaria substituindo Reinaldo Gargano.
(Ansa, Adaptado por Celulose Online, 15/03/2008)