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passivos de hidrelétricas mab
2008-03-17
Marco Antonio Trierveiler, coordenador nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), fala à imprensa sobre o dia mundial de luta contra barragens   

Brasília - Com a construção de barragens, as famílias não-assistidas, muitas vezes, se dirigem às médias e grandes cidades “engrossando os bolsões de pobreza” no país e aumentando “o desemprego, a violência e a prostituição”.

A avaliação é do coordenador nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Marco Antônio Trierveiler.

“Nós somos bons agricultores. Sabemos produzir alimentos, plantar, somos eficientes nisso. Quando nos colocam na cidade e sem trabalho, a gente aumenta os problemas sociais da cidade.”

Segundo ele, no atual modelo brasileiro para a construção de barragens, a própria empresa com interesse em realizar a obra faz os estudos de impacto sócio-ambiental e decide quem são os atingidos e a que direitos estão sujeitos.

“Essas empresas, em seus escritórios, é que decidem se essa barragem vai sair. Não tem nenhuma participação da população local e regional na decisão. Os estudos acabam sendo verdadeiras farsas. São praticamente fábricas de estudos, um é cópia do outro. É por isso que de cada dez famílias, sete são expulsas [da região onde será construída a barragem] sem direitos.”

Para Trierveiler, é preciso que o governo estabeleça regras sobre como deve ser o tratamento de questões sociais e ambientais diante da construção de barragens. Ele alega que, atualmente, os direitos das populações regionais são melhor atendidos apenas onde há representações do MAB.

“Onde não tem organização nenhuma, as empresas passam por cima.”

No Dia Mundial de Luta Contra as Barragens, Trierveiler destaca ainda três eixos dos protestos que tiveram início na última segunda-feira (10) e devem ser intensificados hoje (14) pelo movimento, em parceira com a Vila Campesina, em nove localidades do país.

“Protestar contra os crimes sociais e ambientais que são causados pelas barragens. Temos 34 mil quilômetros quadrados de terra fértil, de floresta, que estão embaixo dos lagos. Denunciar que as grandes empresas, principalmente multinacionais, estão se apropriando da nossa água, da nossa energia e da nossa terra ao redor das barragens para transformar isso em mercadoria. E denunciar contra o alto preço da energia elétrica. Os defensores das barragens dizem que a energia elétrica produzida em barragens é de custo mais baixo, por que o Brasil tem a quinta maior tarifa energética do mundo?”

Ele afirma que entre as famílias atingidas pela construção de barragens, muitas não possuem energia elétrica nas próprias casas. O MAB defende que fontes energéticas alternativas – como as fontes eólicas (energia produzida por meio dos ventos) e a produção de energia solar e por meio da biomassa – devem ser consideradas.

“Nós poderíamos também ter um programa sério de economia de energia no Brasil, mas essa energia teria que estar nas mãos do Estado”, defendeu Trierveiler.

(Agência Brasil, 17/03/2008)

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