A cidade de Viçosa será sede do "Pólo de Excelência em Florestas do Governo de Minas", que terá o suporte da Universidade Federal de Viçosa (UFV), da Universidade Federal de Lavras (Ufla), da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), e de centros de pesquisa voltados para florestas.
O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alberto Duque Portugal, um dos membros do Comitê Gestor do Pólo, informa que o projeto dos pólos de excelência integra o projeto estruturador "Rede de Inovação Tecnológica (RIT)" e visa à consolidação de Minas Gerais em áreas que detêm tradição e liderança, como é o caso das florestas. Ele lembra que o governador, ao lançar o Pólo de Excelência em Florestas, em 2007, disse que o estado reúne todas as condições para ocupar a vanguarda do desenvolvimento sustentável do negócio florestal e cria mais um poderoso atrativo de investimentos.
Portugal explica que o Pólo de Excelência vai organizar, fortalecer e dinamizar a geração de conhecimentos e de tecnologia e formar recursos humanos, o que para ele é fundamental na prestação de serviços técnicos de qualidade aos empreendedores, além de identificar os gargalos que precisam ser superados para que Minas continue ampliando o plantio de florestas. "Assim poderemos preservar as nossas florestas nativas", conclui.
A gerência executiva do Pólo de Excelência em Florestas será ocupada por Antonio de Pádua Nacif, e a coordenação científica pelo professor Carlos Cardoso Machado, do Departamento de Engenharia Florestal.
Para o gerente Nacif, a multifuncionalidade das florestas está sendo vista como muito importante nesse momento em que se discute o aquecimento global e as possíveis conseqüências dele. Ele argumenta que as florestas são fundamentais na captura do carbono, na regularização dos recursos hídricos e da temperatura, além dos aspectos econômicos. Ele disse que mais de 50% da energia consumida em Minas Gerais é originária do carvão vegetal, utlizado, principalmente, na indústria do ferro gusa. Das florestas mineiras há também boa parte destinada à produção de celulose e à indústria de móveis.
A unidade pretende se transformar num espaço de colaboração, conhecimento, inovação e negócios. Haverá um trabalho efetivo para que a competência do Estado e de fora dele estejam articuladas para o desenvolvimento de tecnologias favoráveis aos negócios de base florestal. "Nossa intenção é fazer do Pólo de Excelência em Florestas uma referência nacional e internacional. Vamos trabalhar a base estruturante, aquilo que falta à cadeia produtiva para agregar mais valor aos seus produtos", afirmou Nacif ao reconhecer a necessidade de reunir ciência, tecnologia, informação e gerenciamento de processos.
(Minas Vestibular / Adaptado por
Celulose Online, 15/03/2008)