Considerada a maior obra de drenagem urbana de Porto Alegre, o conduto forçado Álvaro Chaves será inaugurado amanhã. A partir das 8h30min, o prefeito José Fogaça percorre um roteiro com início na esquina da avenida Cristóvão Colombo com rua Dr. Timóteo. No local, Fogaça vai concretar a última boca-de-lobo do conduto.
Iniciada em maio de 2005, a obra visa a controlar alagamentos em nove bairros da Capital e na avenida Goethe. Ao todo, foram implantados 15 mil metros de redes pluviais em 34 ruas. Cerca de 3,8 mil metros de galerias de concreto foram construídas no subsolo para conduzir as águas da chuva ao lago Guaíba. A estimativa é de que serão beneficiados cerca de 120 mil moradores da região atingida.
A construção do conduto contou com monitoramento ambiental. Com isso, técnicos acompanharam a execução dos trabalhos de engenharia com relação à compensação e ao impacto junto ao meio ambiente. A remoção de árvores inicialmente prevista era de 408 vegetais. Porém, com o final da obra, foram suprimidas apenas 79 árvores, representando uma redução de 80% do corte.
A prefeitura destacou a decisão de preservar o túnel verde localizado na rua Marquês do Pombal. Com a medida, o traçado do conduto foi desviado para a avenida Cristóvão Colombo, o que causou problemas no tráfego de veículos.
Outro ponto importante diz respeito ao acompanhamento integral da obra por um arqueólogo. Este monitoramento visa a cumprir uma legislação federal que determina que escavações em sítios arqueológicos devem contar com a presença de um profissional de Arqueologia. A iniciativa resultou no recolhimento de mais de nove mil peças. A prefeitura acredita que a futura análise destes materiais ajudará a esclarecer um pouco da História antiga de Porto Alegre.
Nas obras do conduto Álvaro Chaves foram investidos R$ 59 milhões, com financiamento de 66% do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O município arcou com uma contrapartida de 34%.
(JC-RS, 17/03/2008)