Países da UE (União Européia) concordaram ontem em determinar o fim deste ano como prazo para lançar seu plano de corte de emissões de gases do efeito estufa. Os líderes do bloco se comprometeram a limitar os custos para indústrias que manifestaram preocupação, mas avaliaram que é vital manter uma frente unida antes de tentar persuadir grandes emissores de gases estufa, como China e Índia, a adotarem mais cortes. Mas ao mesmo tempo em que prometeram combater o aquecimento global, líderes europeus se disseram preocupação com o desaquecimento da economia, os preços altos do barril de petróleo, a valorização do euro e a inflação.
"Nos comprometemos a finalizar a negociação deste pacote [de medidas sobre gases-estufa] por volta do fim do ano, e ao fazê-lo teremos dado um grande passo à frente", afirmou o primeiro-ministro esloveno Janez Jansa, que coordenou um encontro de dois dias entre 27 representantes de países da UE.
Pela estimativa dos participantes do encontro, as determinações do plano europeu contra a crise do clima devem ganhar força de lei no começo do ano que vem. A meta prevista é atingir um corte de 20% das emissões até 2020, em comparação com os níveis de 1990. A UE promete aumentar a cota para 30% se outros países os acompanharem. O documento emitido ontem, porém, carregava uma redação cautelosa com relação ao montante que deve ser investido no plano. O texto fala em "evitar custos excessivos para os países membros [do bloco]".
(FRANCE PRESSE, Folha Online, 16/03/2008)