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semi-árido
2008-03-14
Serão implementados dois projetos de captação de água de chuva para consumo humano de produção de alimentos.

A Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) e o Governo Federal assinaram dois novos Termos de Parceria, sendo um no valor de R$ 8.056.554,53 e outro no valor de R$ 11.700.000,00, para a construção de tecnologias de captação de água de chuva para o consumo humano e para produção de alimentos, respectivamente.

Todo o processo de mobilização, capacitação das famílias e construção das tecnologias ocorrerá em um ano. As ações fazem parte de dois programas:  Um Milhão de Cisternas (P1MC) e Uma Terra e Duas Águas (P1+2), ambos propostos e desenvolvidos pela ASA.

A expectativa é que através do P1MC sejam construídas 23.154 cisternas de 16 mil litros cada uma. Além disso, o Programa prevê a mobilização de comunidades e famílias, intercâmbios para multiplicadores em gerenciamento de recursos hídricos, oficinas sobre técnicas de construção de cisternas e de confecção de bombas manuais, e oficinas de avaliação eplanejamento. Tudo isso em nove estados (BA, MG, PI, RN, AL, SE, CE, PE e PB). O P1MC visa à captação de água para o consumo humano.

Já o P1+2 deve implementar 1.146 cisternas calçadão, 143 barragens subterrâneas, e 208 tanques de pedra, beneficiando 3.369 famílias, em sete estados (PI, CE, PE, AL, SE, BA e MG). Todas as tecnologias do P1+2 são voltadas para produção de alimentos. O recurso também prevê a realização de 26 intercâmbios interestaduais, 52 intercâmbios municipais, e a produção de boletins contando a história dos agricultores e agricultoras.

Nova Parceria

A retomada da parceria com o governo federal, através do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), representa a continuidade do apoio que existia desde 2003 e que foi interrompido em outubro do ano passado, devido à finalização do primeiro Termo de Parceria. De 2003 até 2007, a ASA em parceria com o MDS, construiu 221.362 cisternas, mobilizou 228.538 famílias, e capacitou 5.664 pedreiros, em 1.031 municípios.

Em tempo

A  ASA também assinou dia 12 um Termo de Parceria com a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), para a construção de 7.945 cisternas, através do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC). Serão investidos recursos na ordem de R$ 12,6 milhões, beneficiando municípios da calha do rio São Francisco nos estados de Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Sergipe.

O Que é:

P1MC
O Programa de Formação e Mobilização Social: Um Milhão de Cisternas (P1MC) tem como objetivo beneficiar cerca de 5 milhões de pessoas em toda região semi-árida, com água potável para beber e cozinha, através das cisternas de placas de 16 mil litros. O P1MC tem promovido a descentralização das estruturas de abastecimento de água e, conseqüentemente, a democratização desse elemento essencial à vida.

P1+2
O Programa de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semi-Árido: Uma Terra e Duas Águas (P1+2) tem como objetivos fomentar a construção de processos participativos de desenvolvimento rural no Semi-Árido brasileiro e promover a segurança alimentar e a geração de renda das famílias agricultoras através do acesso à terra e à água e do seu manejo sustentável para a produção de alimentos.

ASA
A Articulação no Semi-Árido Brasileiro é uma rede de organizações da sociedade civil que trabalha pelo desenvolvimento social, econômico, político e cultural da região. Atualmente, a ASA reúne cerca de 750 organizações da sociedade civil, entre elas sindicatos de trabalhadores rurais, associações de agricultores, cooperativas de produção, igrejas católicas e evangélicas, ONG´s de desenvolvimento e ambientalistas, entre outras.

Tecnologias:

Para consumo humano – P1MC

Cisternas de 16 mil litros
São reservatórios cilíndricos, construídos próximo à casa do(a) agricultor(a), que armazenam a água que cai no telhado e é captada por uma estrutura construída com calhas de zinco e canos de PVC. A cisterna é uma tecnologia de baixo custo, de domínio dos agricultores e das agricultoras e de comprovada eficiência técnica. Cada cisterna do P1MC tem capacidade para armazenar 16 mil litros de água, quantidade suficiente para uma família de 5 pessoas beber e cozinhar, por um período de 6 a 8 meses – época da estiagem na região.

Para produção de alimentos – P1+2

Cisterna calçadão/adaptada à roça
É formada por uma área de captação de chuvas - que pode ser o desnível do terreno ou uma área pavimentada, como um calçadão; por um reservatório (que deve ser bem maior que a cisterna para o uso humano) e um sistema de irrigação - que pode ser operacionalizado manualmente ou por sistemas de bombeamento e gotejamento. Com a água de uma cisterna de 50 mil litros é possível irrigar um "quintal produtivo" de verduras, regar mudas ou ter água para galinhas e abelhas.

Tanques de Pedra/Caldeirão
Possibilitam o armazenamento de grandes volumes de água captada nos lajedos, aproveitando a inclinação natural neles existentes. Em alguns locais, é necessário construir paredes ou muretas facilitando a contenção ou o direcionamento da água para os tanques e conseqüentemente maior acumulo de água. É uma das inovações técnicas que tem como base à valorização do conhecimento dos agricultores familiares nas estratégias de uso e gestão da água. O tanque de pedra armazena água para os gastos domésticos, para alimentação animal e irrigação de um "quintal produtivo" de verduras.

Barragem subterrânea
Conserva a água de chuva infiltrada no subsolo nas áreas de baixios, fundos de vales e áreas de escoamento das águas de chuva, mediante um muro cavado até a camada impermeável do solo. Ela tem um grande impacto sobre a estabilidade do sistema produtivo, aumentando a resistência em períodos de seca, quando a área da barragem parece uma ilha verde no meio da caatinga seca. Ela garante a autonomia no que se refere à alimentação, permite a criação de um número maior de animais e diminui a dependência de insumos externos.

Texto de Fernanda Cruz, da Assessoria de Comunicação da ASA - ASACom )


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