Programas gaúchos de pequenas centrais hidrelétricas e de carvão mineral, projeto de gás natural liquefeito e criação de grupo para discussão de energia eólica são itens da pauta do Comitê Estadual de Energia
O grupo se reúne nesta sexta-feira (14), às 10 horas, no auditório da Secretaria de Planejamento e Gestão (10º andar do Centro Administrativo do Estado), sob coordenação do secretário de Infra-Estrutura e Logística, Daniel Andrade. Após a reunião, às 11h, o secretário de Planejamento do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura, profere palestra sobre Projeto Garabi e Fonte Alternativas no Rio Grande do Sul.
No último encontro, ocorrido no final do ano passado, por sugestão de Andrade, o colegiado decidiu desenvolver ações para dar agilidade a processos de investimento, tanto em pequenas centrais hidrelétricas (PCHs, geradoras de até 30MW) como na matriz carvão mineral. A deliberação decorreu do déficit de 1,4 mil MW previsto no país para 2011.
Hoje, o Rio Grande do Sul tem em operação 24 unidades de PCHs, com 154MW de capacidade instalada, e outros 136 outorgas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em diversas etapas de evolução, com potência a ser instalada de 810 MW. "Além de nove pequenas usinas em obra, a meta gaúcha é a construção de dez projetos de PCHs em três anos", anuncia o secretário.
Chamada pública, a ser divulgada no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira, pretende tornar viáveis técnica e economicamente projetos de geração hidrelétrica no Rio Grande do Sul convida titulares de outorgas para implantar e explorar PCHs.
"A proposta tem como objetivo a tomada de decisão quanto a intenções de outorgados para desenvolver empreendimentos", explica o coordenador da assessoria técnica da Secretaria de Infra-Estrutura e Logística, Edmundo Fernandes da Silva.
A geração de energia termelétrica pela matriz carvão, incluída na pauta do comitê, torna-se importante especialmente depois de recente anúncio de empreendimento de 600MW na Metade Sul. A reserva da matéria-prima gaúcha, suficiente para 200 anos, chega a 28,53 bilhões de toneladas, equivalente a 90% do total brasileiro.
"O carvão mineral deixa de enfrentar resistência, pois agora existem equipamentos eficazes anti-poluentes, utilizados mundialmente", aponta o secretário. No Rio Grande do Sul, estão em operação três usinas a carvão mineral, gerando 538MW. Outras quatro termelétricas se encontram em fase de construção, viabilidade ou espera, com capacidade a ser instalada de 1.897MW.
(Governo do Rio Grande do Sul, 13/03/2008)