A ampliação dos investimentos em energia eólica como uma das formas de desenvolvimento sustentável para o Rio Grande do Sul foi o tema do pronunciamento do deputado Alberto Oliveira (PMDB), durante o período do Grande Expediente, na sessão plenária desta quinta-feira (13/03) da Assembléia Legislativa gaúcha. Também esteve em debate o projeto de lei que define o regime de previdência complementar para os servidores públicos estaduais efetivos, assunto discutido pela manhã durante audiência pública na Comissão de Serviços Públicos.
Grande Expediente
Da tribuna, o orador do Grande Expediente falou sobre o trabalho da recém instalada Comissão de Representação Externa para Tratar, junto aos Órgãos Federais, do Estabelecimento do Marco Regulatório Nacional sobre Energia Eólica. Como coordenador da Comissão, Alberto Oliveira informou que irá atuar pela instalação de mais três parques eólicos em Jaguarão, Santana do Livramento e Piratini, projetos apresentados pelo grupo espanhol Fortuny. Para tratar do tema, a comissão já participou de uma audiência com o ministro de Minas e Energia e representantes do governo do Estado.
"Devemos trabalhar conjuntamente para que nosso país tenha um regramento legal que transmita aos grandes e sérios investidores internacionais a certeza de que aqui podem se estabelecer, gerando desenvolvimento econômico e toda a cadeia de crescimento a partir dele. A existência do marco regulatório nacional para este setor vai possibilitar a realização de leilões exclusivos para a fonte eólica, com preços atrativos", explicou o parlamentar.
Alberto Oliveira também destacou os benefícios da energia eólica como alternativa energética. Segundo o deputado, a "energia mais limpa do planeta" movimenta mais de 2 bilhões de dólares na economia mundial e pode garantir 10% das necessidades energéticas globais até 2020. No Brasil, o parlamentar citou o Parque Eólico de Osório como o maior da América Latina e um dos mais tecnologicamente avançados do mundo. "Considerando o grande potencial eólico do Brasil, confirmado através de estudos, é possível produzir energia a custos que podem competir com centrais termoelétricas, nucleares e hidrelétricas".
Em apartes, manifestaram apoio os deputados Raul Carrion (PCdoB), Zilá Breitenbach (PSDB), Ronaldo Zülke (PT) e Rossano Gonçalves (PDT).
(Por Vanessa Canciam, Agência de Notícias AL-RS, 13/03/2008)