A agência americana de defesa do meio ambiente (EPA) anunciou na quarta-feira (12/03) o endurecimento das normas federais para evitar danos à camada de ozônio, provocados principalmente pela poluição industrial e dos automóveis. O ozônio deixa de ser um protetor da vida e se transforma em um gás tóxico quando aparece na camada mais baixa da atmosfera, onde é formado por complexas combinações de óxidos de nitrogênio e outros agentes, emitidos por automóveis e pela indústria, além de vapores orgânicos, tanto naturais como artificiais.
"A EPA, seguindo a lei do Ar Limpo, aprovou as mais estritas medidas para conservar a camada de ozônio, em uma revisão de seus parâmetros - a primeira em mais de uma década", informou a agência em um comunicado. A nova regulamentação restringe a quantidade de ozônio formador da neblina de poluição, limitando a emissão de óxidos de nitrogênio e outros compostos por parte das indústrias e outras fontes artificiais, segundo a EPA. As novas normas fixam em 0,075 parte por milhão (ppm) em volume o conteúdo máximo autorizado de ozônio no ar, contra 0,08 ppm, medida estabelecida em 1997.
Os meios industriais criticaram duramente a decisão da EPA, cujo impacto é considerado nefasto sobre várias indústrias e sobre a economia como um todo. O ozônio, junto com as partículas finas em suspensão na atmosfera, forma a neblina provocada pela poluição que às vezes cobre grandes centros urbanos como Londres e Los Angeles.
O administrador da EPA, Stephen Johnson, disse que os novos parâmetros ajudarão a proteger a saúde pública e o meio ambiente. De acordo com a agência, os benefícios para a saúde pública serão de entre 2 e 19 bilhões de dólares, mas o custo para aplicar as novas normas ficará entre 7,6 e 8,5 bilhões de dólares.
(Yahoo Brasil, Ambiente Brasil, 13/03/2008))