Logo depois que as bandoleiras armadas da Via Campesina invadiram e depredaram as plantações de eucalipto na fazenda Tarumã, em Rosário do Sul, o mais alto staff da Stora Enso na América Latina veio a Porto Alegre. O recado passado foi de que “se não nos querem, nós não temos por que ficar aqui”.
Na Finlândia, sede da empresa, esta semana, a direção mundial da empresa foi questionada pelos jornalistas sobre os incidentes de Rosário. A versão vendida pela bandidagem política para sua rede clandestina global, foi de que houve um novo Eldorado do Carajás em Rosário. O coronel Lauro Binsfeld, atacado a foiçadas pela líder gaúcha da Via Campesina, Irma Maria Ostroski, presa em flagrante e libertada em menos de 24 horas, que o diga. Irmã, 36 anos, veterana de eventos nos quais foi degolado o soldado Valdeci e resultaram destruídos experimentos científicos da Aracruz em Eldorado do Sul, teve treinamento militar na Coreia do Norte e Cuba. Em Livramento, ao ser presta em flagrante, foi imediatamente defendida por cinco advogados, três dos quais contratados pelo Cpergs, Sindicato dos Comerciários e CUT.
Caso desista do RS, a Stora Enso levará seus US$ 2 bilhões (duas GMs) para o Uruguai. O episódio põe em risco outros US$ 1,2 bi da Aracruz e mais US$ 1,2 bi da VCP, sem contar os demais empreendimentos ligados à atividade de base florestal.
(Políbio Braga, 13/03/2008)