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saúde pública malária
2008-03-14

O repelente de insetos mais usado no mundo só agora revelou seu segredo. Criado pelo exército dos EUA logo depois da 2ª Guerra Mundial e integrando hoje a maioria dos repelentes comerciais, o DEET mascara o odor humano para o inseto. Uma equipe de pesquisadores na Universidade Rockefeller mostrou agora o alvo molecular do princípio ativo usado em marcas conhecidas como Autan, Off e Repelex.

O DEET (abreviatura de N,N-dietil-meta-toluamida ou N,N-dietil-3-metilbenzamida) é eficaz contra uma grande variedade de insetos que se alimentam de sangue humano. Mas ele não é recomendável para uso em crianças pequenas, nem em mulheres grávidas. E os produtos mais eficientes, com grandes concentrações -entre 30% a 50% de DEET-, não devem ser usados em crianças de até 12 anos.

Como lembram os autores do estudo, só a malária afeta 500 milhões de pessoas, causando cerca de um milhão de mortos todo ano -e boa parte deles são crianças africanas.

"Repelentes de inseto eficazes são uma arma importante contra insetos vetores de doenças. O resultado prático imediato da nossa pesquisa é que nós agora podemos prosseguir com planos para gerar mais repelentes de insetos eficazes", disse à Folha, por e-mail, a líder do trabalho, a pesquisadora Leslie B. Vosshall.

"Esforços anteriores para aperfeiçoar o DEET não deram certo devido à ausência de conhecimento sobre como ele funciona. Agora que nós sabemos quais receptores de odor dos insetos são os alvos moleculares do DEET, nós podemos fazer a seleção química de milhares de novos compostos para tentar achar um novo repelente que funcione melhor e com mais segurança que o DEET", afirma Vosshall.

Os insetos são atraídos pelas "emanações" do ser humano - tanto o gás carbônico exalado na respiração quanto substâncias voláteis presentes no suor, como o ácido lático. Um repelente à base de DEET mostrou ter efeito contra mosquitos a até 38 centímetros da pele.

Vosshall e seus colaboradores, Mathias Ditzen e Maurizio Pellegrino, fizeram experimentos com o comportamento de uma espécie de mosquito transmissor da malária, o Anopheles gambiae, e com as moscas-da-fruta drosófilas (Drosophila melanogster), além de testarem também as respostas eletrofisiológicas de neurônios sensoriais olfatórios nas antenas dos insetos.

Os resultados mostraram que o DEET bloqueia nos dois insetos as respostas desses neurônios a odores normalmente atraentes.
No caso da drosófila, foi constado também que o receptor -a proteína olfatória OR83b- era essencial para a existência do bloqueio pelo repelente. Moscas mutantes sem OR83b não eram sensibilizadas pelo DEET, apesar de ainda conseguirem chegar até a comida (por ainda terem outros neurônios funcionais).

"Doenças transmitidas por insetos são complicadas, não há uma estratégia única capaz de ser bem sucedida. Eu acho que trabalhos paralelos em repelentes de insetos, combinados com desenvolvimento de vacina e controle de população de insetos, podem trabalhar juntos para propiciar um efeito maior do que uma estratégia única", afirma a pesquisadora da Universidade Rockefeller.

(Por Ricardo Bonalume Neto, UOL/Ciência, 14/03/2008)


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