Material recolhido será encaminhado para a Utresa, em Estância Velha
Teve início nesta terça-feira o trabalho de remoção dos resíduos tóxicos encontrados em uma propriedade da zona rural de Portão. O material, que ainda não pode ser quantificado, será levado para a União dos Trabalhadores em Resíduos Especiais e Saneamento Ambiental (Utresa), em Estância Velha. A 2.ª Companhia do 1.º Batalhão Ambiental de Sapucaia do Sul, encarregada do caso, trabalha com a hipótese de que todo o terreno abrigue mais resíduos soterrados.
Entre o material desenterrado em diversos tonéis, estavam pedaços de couro, plástico, latas de tinta e querosene. Os técnicos que trabalhavam no local, no entanto, afirmam não ser possível determinar exatamente quais as substâncias foram enterradas. Análises vêm sendo efetuadas nos resíduos conforme eles vão sendo encaminhados à Utresa. Os resultados preliminares devem ser conhecidos ainda hoje, mas dados mais completos só ficarão disponíveis dentro de dez dias.
Os planos do Batalhão Ambiental são de escavar todo o terreno. O trabalho exigirá a demolição de um galpão construído sobre o local que, segundo suspeita, pode ser o que abriga a maior quantidade de resíduos perigosos. Até agora, segundo informações do Batalhão Ambiental, resíduos de 23 empresas já foram identificados. Contudo, apenas quatro empresas já foram responsabilizadas pela Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente (Fepam), recebendo multas e a determinação de retirar o material.
A prefeitura de Portão vem acompanhando os trabalhos. Segundo a chefe do Departamento de Meio Ambiente da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Meio Ambiente de Portão, Viviane Diogo, a idéia é registrar o material que vem
sendo encontrado no local. "Muitas provas vão estar surgindo aqui."
(Jornal NH, 12/03/2008)