Um braço mecânico foi utilizado para a descarga dos registros do município
Cerca de 15 mil residências de Campo Bom ficaram sem abastecimento de água potável durante o dia de ontem (11). O fornecimento foi interrompido para a realização de uma obra da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), que interligou as redes da Avenida dos Municípios e da Rua 20 de Setembro por meio de dois novos registros. Segundo o secretário municipal de Obras, Faisal Karam, a interligação foi solicitada pela prefeitura, em outubro do ano passado, por causa da duplicação da Avenida Brasil.
Os serviços públicos - como escolas e postos de saúde - não foram, segundo a assessoria da prefeitura, afetados pela falta de água por contarem com reservatórios de 2 mil litros.
Conforme gerente local da Corsan, Dilson Santos, é possível que alguns consumidores sequer tenham notado a interrupção no fornecimento. “A temperatura amena diminuiu o consumo. As famílias que possuem caixa d’água com boa capacidade de armazenamento podem nem ter notado a falta de água”, explica. A previsão era de que o abastecimento seria normalizado até a noite de ontem.
Os bairros atingidos pelo desabastecimento foram Bela Vista, Blumenburger, Centro, Cohab Sul, Genuíno Sampaio, Gringos, Imigrante, João Blos, Operária, Sempre Unidos e 25 de Julho. “Em breve faremos a mesma operação no cruzamento das Avenidas Brasil e Dos Estados. Quando a prefeitura duplicar esses trechos não será necessário abrir a rede novamente”, diz Santos. De acordo com o diretor operacional da estatal, Alfredo Arthur Dörn, os materiais utilizados já estavam no estoque.
Os operários trabalharam sob chuva para terminar a obra. “Como começamos antes de chover, não teríamos como deixar o trabalho inacabado’’, justifica o gerente. A doméstica aposentada Maria de Lourdes dos Santos Vaz, 61 anos, notou que não havia água nas torneiras pela manhã. Apesar do imprevisto, ela aprova a melhoria na rede. “Falta água poucas vezes na minha casa, principalmente nos dias de calor mais intenso. É sempre bom prevenir. ”, alega Maria, residente no bairro 25 de julho.
(Por Moacir Fritzen, Jornal NH, 12/03/2008)