Ativistas da organização não-governamental (ONG) Greenpeace colaram adesivos com o símbolo da rotulagem de transgênico (um triângulo amarelo com a letra T preta) nos produtos das empresas Bunge e Cargill em um supermercado do Rio de Janeiro. A segurança do supermercado não impediu a ação, mas retirou o material após o fim do ato. "O protesto não é contra o mercado, nosso objetivo é alertar a população, que precisa saber o que está comprando", declarou a coordenadora da campanha de engenharia genética do Greenpeace Brasil, Gabriela Vuolo. O grupo ambiental pede que as empresas informem o consumidor sobre a presença de organismos geneticamente modificados em seus produtos.
A Cargill divulgou nota em que "refuta" a ação e afirma que a ONG "procura confundir o consumidor". A empresa alega que "foi uma das primeiras a incluir o símbolo 'T' nos óleos Liza e Veleiro, que não necessitariam ser rotulados". De acordo com a Cargill, os produtos têm menos de 1% de organismos geneticamente modificados (OGMs) em sua composição, portanto não haveria obrigatoriedade da rotulagem. A Bunge classificou o protesto como "factóide" e informou que "não presta mais atenção ao Greenpeace".
Segundo a Bunge, "existe um caráter ideológico, a ONG distorce fatos. Os produtos do Prezunic não estavam rotulados porque o processo começou em novembro. Os óleos têm validade de um ano e o estoque é gigantesco". A empresa também alega ter decidido fazer a rotulagem por conta própria, apesar de a presença de OGMs nos produtos ser, segundo a Bunge, inferior a 1%.
(Estado de Minas, 12/03/2008)