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tecnologias limpas
2008-03-13

A empresa portuguesa Eneólica está implantando um projeto-piloto de produção de energia a partir das ondas ao longo da praia da Almagreira, em Peniche (centro de Portugal). A iniciativa usa uma tecnologia pioneira que será instalada no fundo do mar.

O objetivo é a partir do final de 2009 criar um grande parque mundial de energia a partir das ondas e entrar em uma etapa de exploração comercial com uma potência instalada entre 50 e 100 megawatts. Nesta fase, o investimento será de 100 milhões de euros (R$ 259,4 milhões) e vai colocar Portugal na linha da frente no segmento da produção mundial de energia a partir do movimento das ondas.

"O mar em Portugal tem as melhores condições para o aproveitamento da energia das ondas, dada a ondulação mais ou menos forte e com alguma regularidade", disse o administrador da Eneólica, Agostinho Ribeiro. "Se o projeto vier a demonstrar toda a sua viabilidade técnica e financeira, em finais de 2009 estamos em condições de passarmos a projeto comercial", afirmou o dirigente.

Tecnologia
Os equipamentos são transportados da Finlândia até o porto de Peniche e montados nos estaleiros navais da cidade, para então serem levados à praia de Almagreira. O local recebeu em abril de 2007 a primeira máquina Wave Roller, a 20 metros de profundidade e a 500 milhas da costa. A tecnologia foi criada pela finlandesa AW Energy. Além de Peniche, está sendo testada pelo Centro Europeu de Energia Marítima (Orkney) na região do mar da Escócia.

"É a única empresa com tecnologia para o aproveitamento da energia das ondas no fundo do mar", revelou Agostinho Ribeiro, explicando que os mecanismos "aproveitam energia com tecnologias flutuantes à superfície" e se revelam pouco eficazes em situações de tempestade. Segundo a AW Energy, o projeto "não é para aproveitar as ondas à superfície, mas as de fundo, e conciliar as características do fundo do mar, a movimentação das areias e as características da ondulação".

Previsões
Por meio de pás flutuantes que acompanham o movimento das águas, a tecnologia é capaz de captar energia para depois ser transformada em eletricidade, como demonstra o protótipo com uma potência de 15 quilowatts em Peniche. "Já estamos a estender o cabo para terra e queremos estar a injetar energia no prazo de dois meses", adiantou o responsável, estimando que o investimento é de 50 mil euros (R$ 129,7 milhões).

Os movimentos no interior do mar e possíveis danos nos equipamentos são captados por três câmeras de vigilância, cujas imagens podem ser visualizadas em uma sala de controle próxima à praia da Almagreira. A partir daí, uma equipe composta por seis técnicos portugueses e finlandeses consegue monitorar dados como potência e energia geradas em tempo real, que são processados em dois computadores.

Dentro de um mês, se as condições do mar permitirem, um segundo equipamento será colocado no fundo do mar. Até o final deste ano, a Eneólica pretende instalar outras dez unidades, para permitir uma capacidade de produção de 100 quilowatts, suficientes para fornecer eletricidade a 20 casas.

Implantação
Com um investimento de até 4,5 milhões de euros (R$ 11,6 milhões), o projeto-piloto deve estar concluído no fim de 2009 com a implantação de dezenas de máquinas e uma potência total instalada de 1 megawatt, suficiente para produzir até 2 gigawatts por ano.

Segundo o dirigente da Eneólica, a geração de energia poderá "abastecer um aglomerado com cerca de dois mil habitantes". A rentabilidade financeira associada à produção ainda é imprevisível, considerando que os projetos existentes de energia das ondas estão todos numa fase embrionária de demonstração.

A Eneólica opera na área de energias renováveis dentro do Grupo Lena, integrando a sub-holding Lena Ambiente e Energia, que movimenta por ano 90 milhões de euros (R$ 233,5 milhões), representando 18% do volume de negócios do consórcio português.


(Lusa, UOL, 12/03/2008)


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