Fatma quer identificar o que provocou a mortandade. Suspeita-se de agrotóxico
Amostras de água de dois córregos afluentes do rio Canoinhas foram coletadas ontem por biólogos da Fundação do Meio Ambiente (Fatma). O objetivo é identificar o agente causador da poluição que causou a mortandade de peixes na região. A primeira suspeita é o uso abusivo de agrotóxico por agricultores.
De acordo com a Casan, o ponto onde houve a poluição fica distante da barragem onde a água é captada e distribuída aos 55 mil moradores de Canoinhas e, por isso, não há risco para o consumo. Os primeiros peixes começaram a aparecer mortos no domingo à tarde, no interior da cidade.
Segundo o sargento José Carlos Safaneli, da Polícia Ambiental, levantamentos foram realizados no local para tentar identificar a origem do problema e os indícios são de contaminação pelo uso de agrotóxico nas lavouras. A propriedade na qual teria ocorrido o problema também já foi identificada, mas ainda é aguardado resultado do laudo para comprovar que tipo de produto causou a mortandade.
De acordo com o sargento, moradores próximos ao local onde ocorreu a maior concentração de peixes mortos foram orientados a não utilizar a água do rio e a suspender a pesca. Animais criados nessas propriedades também devem ser mantidos afastados.
Segundo as investigações, o agrotóxico não deve ter sido despejado diretamente no rio, mas a água deve ter sido usada para a limpeza dos pulverizadores. O gerente regional da Casan, Ebert Grosskopf Júnior, disse que não há risco para os moradores de Canoinhas. Ele aguarda o resultado das análises das amostras para, caso necessário, tomar alguma medida. "Por enquanto, a população pode continuar bebendo água sem medo, pois o ponto onde houve a poluição é bastante afastado", explica.
(A Notícia, 12/03/2008)