Em uma área de cerca de 50 hectares, o Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos (aterro sanitário) do Município - junto à BR-392- começa a ser demarcado. Enquanto a obra encontra-se em fase de demarcação do terreno, um arqueólogo contratado pela Prefeitura Municipal realiza também um levantamento para a análise do solo e água naquele espaço, fatores indispensáveis para que a Fepam autorize a execução do projeto. "O objetivo é fazer um comparativo do local antes e depois da instalação do aterro, a fim de caracterizar o impacto do investimento. Por isso, este monitoramento se faz necessário", explica o secretário municipal de Serviços Urbanos, Edes Andrade.
Além disso, técnicos atuam nas escavações preliminares para a dragagem da área. Segundo Edes Andrade, a empresa responsável pelo empreendimento pretende concluir a obra em seis meses. No entanto, como os próximos meses são marcados pelas chuvas mais intensas, o secretário acredita que o aterro esteja pronto em oito meses. O investimento será de R$ 6 milhões e o valor será diluído ao londo de 20 anos, desde sua fase inicial de operação. "A Prefeitura dará início no pagamento no momento em que a instalação do aterro for liberada pela Fepam, através da Licença de Operação", explica Edes Andrade. As obras são de responsabilidade da empresa Rio Grande Ambiental.
O atual lixão também está passando por estudos, para que a área possa ser recuperada. "A construção do novo espaço tem como objetivo inutilizar o lixão atual", declara o secretário de Serviços Urbanos.
Ele lembra ainda que a área onde está sendo construído o novo aterro sanitário foi escolhida pela própria Fepam que, após estudar diversos locais, apontou este como o mais apropriado. "Das quatro áreas sugeridas, uma apresentou significante fauna e flora, impossibilitando sua utilização e outras duas ocasionariam mau cheiro aos moradores que vivem às margens da BR-392 e localidades próximas, devido à sua posição frente ao percurso dos ventos", diz. "Somente após a Fepam escolher a área é que a Prefeitura fez a desapropriação do terreno", conclui Edes Andrade.
(Por Mônica Caldeira, Jornal Agora, 12/03/2008)