Tipo de trabalho: Dissertação de Mestrado 
Instituição: Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp/SP)

Ano: 2008
Autor: Luciano Reami 
Título da Tese: 
Resumo:

O trabalho teve a finalidade de avaliar o impacto da irrigação, com efluente sanitário, oriundo de tratamento em lagoa anaeróbia, na produtividade da cultura do milho, e na concentração de metais nos grãos. Avaliou-se a produtividade da cultura tratada com efluente, e confrontou-se com a produtividade do cultivo convencional (adubo químico e água). As analises dos efluentes foram feitos no laboratório de reuso da FEC / Unicamp e nos laboratórios da Sabesp, cujos métodos estão certificados pela ISO 9001-2000 e acreditados no INMETRO, de acordo com o “Standard Methods for Examination of Water and Wastewater” – 20a edition - AWWA. Utilizando a técnica de irrigação por sulcos rasos, foram testados 3 taxas de aplicação, correspondente a 3 lâminas de irrigação (0,25, 0,50 e 0,75 m de profundidade), 3 tratamentos correspondentes a adubo mineral e água natural disponível (nascente), efluente anaeróbio desinfetado com hipoclorito de cálcio, e efluente anaeróbio não desinfetado, com 4 repetições cada, totalizando 36 parcelas. Foram feitas duas safras, sendo uma de período chuvoso e outra de período seco. Ao final de cada safra ocorreu a colheita por amostragem, a medição da altura média das plantas e contagem das espigas por plantas em cada parcela, além do processamento dos grãos para verificação de metais. Os resultados demonstraram que a quantidade de nitrogênio aplicado, via irrigação com efluente anaeróbio gerou produtividade semelhante ao da adubação nitrogenada convencional para a 2a safra, e para a 1a safra semelhante somente para os tratamentos efluente anaeróbio e efluente anaeróbio desinfetado. Houve diferença significativa entre os resultados em relação aos tratamentos, para a quantidade de espigas por plantas e a altura das plantas. Em relação aos metais acumulados nos grãos, não resultou em concentrações nocivas a saúde humana, de acordo com ANVISA.