A China anunciou na terça-feira (11/03) a criação de um ministério do Meio Ambiente, que irá controlar a Sepa (Administração Estatal de Proteção Ambiental). A informação foi divulgada logo após o anúncio do atleta etíope Haile Gebrselassie, recordista da maratona, de que não vai participar desta prova nos Jogos Olímpicos de Pequim devido à poluição.
Zhang Lijiun, um dos dirigentes da Sepa, destacou a importância do plano para reduzir a poluição não só na capital, mas também nas províncias vizinhas de Tianjin, Hebei, Mongólia Interior, Shanxi e Shandong. "Até agora, a missão de reduzir a poluição e modernizar a estrutura industrial foi um grande sucesso, e ela será concluída até o final de junho", disse Zhang.
Em fevereiro, a China desmentiu um artigo escrito por um meteorologista norte-americano, publicado no "Wall Street Journal", que afirmava que os dados de poluição haviam diminuído nos últimos anos porque os instrumentos de medição haviam sido transferidos das áreas mais poluídas para as zonas verdes da periferia.
Pequim afirma ter investido cerca de 12 bilhões de euros para combater a poluição e decidiu adotar rodízio de automóveis - a frota local chega a três milhões, com um ritmo de crescimento de mil veículos por dia.
Além disso, a capital também fechou as fábricas mais poluidoras e assinou acordos para diminuir a poluição com as províncias vizinhas. A utilização do carvão para a geração de energia também foi reduzida, mas não eliminada completamente na capital chinesa.
No ano passado, o presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Jacques Rogge, considerou a possibilidade de transferir alguns dos eventos esportivos para zonas menos poluídas, ou remarcá-los para dias com índices menores de poluição.
(Folha Online, Ambiente Brasil, 12/03/2008)