A Vale afirmou na segunda-feira que a carvoaria da companhia no município de Açailândia (MA) pode causar um impacto "pequeno", embora raro, a um assentamento do MST (Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) no município.
O MST afirma que a carvoaria está causando problemas respiratórios a moradores do assentamento.
De acordo com o diretor da FGC (Ferro Gusa Carajás), Pedro Gutemberg, a Vale está buscando soluções tecnológicas que reduziriam a fumaça emitida na carvoaria. Negou, contudo, haver problemas ambientais no local. A nova tecnologia seria, segundo o diretor executivo de assuntos corporativos e energia da companhia, Tito Martins, apenas um mecanismo para "melhorar o que já está bom".
"Na nossa licença ambiental ficou bem claro que o eventual impacto que poderia causar a questão da fumaça seria pequeno, e, quando ocorre o incômodo, o que é muito raro, é quando tem algum fenômeno de inversão térmica. Esse fenômeno não tem ocorrido com freqüência", declarou Gutemberg, afirmando que uma coluna de eucaliptos que divide a carvoaria do assentamento funciona como um "filtro natural" da fumaça expelida.
"A gente tem um processo claro de instalação de busca de uma solução tecnológica, já temos um protótipo dentro da nossa unidade industrial". O diretor Tito Martins afirmou ainda que todas as operações da Vale estão licenciadas.
O MST fez protesto em frente à carvoaria no sábado. Em nota, o movimento afirmou que a carvoaria foi instalada a cerca de 800 metros do assentamento, que tem cerca de 1.800 moradores. A Vale disse que a distância é de 1,5 km.
(Folha Online,
FGV, 11/03/2008)