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via campesina mst aracruz/vcp/fibria
2008-03-12
Cerca de 600 mulheres da Via Campesina de Minas Gerais seguem mobilizadas contra as transnacionais. As trabalhadoras fizeram ontem (11) pela manhã uma passeata pelo centro da cidade de Governador Valadares, distribuindo panfletos e conversando com a população sobre a chegada da Aracruz Celulose à região.

O ato repudia o modelo atual modelo agrícola e de desenvolvimento regido pelas empresas transnacionais, em aliança com governos estaduais e federal, que recebe o nome de Agronegócio.

As mulheres se colocam contra a entrada da Aracruz na região de Governador Valadares, tanto no meio rual quanto no urbano, onde a empresa pretende até 2013 concluir a instalação de uma fábrica.

A Aracruz é uma empresa transnacional, sendo grande parte do seu capital de origem norueguesa. A empresa foi expulsa da Noruega por ter causado sérios danos ambientais. Dessa forma,veio se instalar em terras tupiniquins.

Devastação e desemprego no Espírito Santo

No Espírito Santo, a transnacional atua desde a década de 1960 e a devastação que ela provocou foi enorme. Expulsou o povo do campo, invadiu terras indígenas e quilombolas deixando somente a poluição ambiental, devastação do solo, êxodo rural e desemprego.

A Aracruz é uma empresa focada na produção de eucalipto para insdústria papeleira e, futuramente, para a indústria do agrocombustível.As mulheres atentam que a monocultura do eucalipto exige muito pouca mão de obra e a produção da celulose na fábrica está altamente tecnificada, ou seja, sua instalações não trazem desenvolvimento para a região, pelo contrário, geram desenprego e acirram a concentração de terra.

Existe também questões de cunho ambiental, já que o cultivo do eucalipto causa também a destruição dos biomas onde é implementado, impossibilitando qualquer cultivo, tanto de árvores nativas quanto de alimentos.

(MST, FGV, 11/03/2008)

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