Clarear a cor da água, reduzir o cheiro e diminuir a poluição do rio Pinheiros é tarefa de longo prazo. Uma das possibilidades é usar o sistema de flotação, que está atualmente sendo testado.
A técnica, porém, é controversa --há dúvidas sobre sua capacidade de despoluição.
Por meio da flotação, produtos químicos reúnem a sujeira na forma de flocos, que são forçados para cima com a ajuda de microbolhas de ar.
Segundo reportagem da Folha da última terça-feira, o teste deve durar mais seis meses e, se for bem sucedido, o sonho de ver as águas do Pinheiros mais claras ficará para 2012 ou 2013. A precaução é necessária porque, depois da flotação, as águas do rio vão para a represa Billings, que abastece parte de SP.
O projeto de flotação do Pinheiros tem custo estimado de R$ 350 milhões. Uma flotação desse porte nunca foi tentada, no mundo, num sistema em fluxo, ou seja, direto num curso d'água.
O sistema é usado desde 1998 no pré-tratamento do rio Tâmisa, em Londres, antes da filtração. E em SP, já é empregado nos parques da Aclimação e Ibirapuera.
Movimentos sociais e organizações de defesa do ambiente, porém, sempre viram o projeto de flotação no rio Pinheiros com reservas.
Outro projeto para melhorar a situação do rio é o Pomar, do governo estadual, em parceria com a iniciativa privada. Por meio desse projeto, iniciado em 1999, foi feito o plantio de árvores e vegetação nas margens do rio.
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Folha de S.Paulo, 10/03/2008)