A Operação Arco de Fogo, que combate a exploração ilegal de madeira na Amazônia, foi deflagrada hoje no Mato Grosso, com inspeções realizadas por fiscais nos pátios de duas madeireiras de Sinop. A informação é da assessoria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que, por causa do grande volume de madeira a ser medido, ainda não tem dados sobre o total das apreensões e a aplicação de multas.
O Mato Grosso concentra 50% das 36 cidades que mais desmatam a Amazônia, conforme divulgado em janeiro pelo Ministério do Meio Ambiente. Além de Sinop, outra base de atuação da operação no Estado será montada em Alta Floresta. Com o efetivo enviado pela Polícia Federal (PF) e pela Força Nacional de Segurança, a equipe é composta por 20 agentes em cada base e promoverá ações de fiscalização em vários municípios da região ao longo dos próximos meses. O Ibama contabiliza a presença de cerca de 400 madeireiras e serrarias, sem considerar as unidades ilegais.
O chefe de Fiscalização da gerência executiva do Ibama em Sinop, Evandro Selva, não participará diretamente das ações da ação. Na última semana, o presidente do Ibama, Bazileu Margarido, afirmou que a estratégia é adotada pelo instituto como forma de preservar os agentes locais diante de possíveis represálias.
O primeiro destino da Arco de Fogo foi Tailândia (PA), onde os fiscais aplicaram, desde o dia 26, mais de R$ 5 milhões em multas contra madeireiras que detinham nos pátios toras retiradas ilegalmente da floresta e carvoarias que funcionavam sem autorização. Além disso, 600 fornos de carvão vegetal foram destruídos nas áreas urbana e rural da cidade. Em seguida, a operação foi estendida a Machadinho D´Oeste (RO), onde convive com uma ação paralela do governo de Rondônia.
(G1, 10/03/2008)