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cvrd mst via campesina
2008-03-11
Os trens da Vale não puderam circular nesta segunda-feira (10): a estrada de ferro Vitória-Minas foi bloqueada em Resplendor, Minas Gerais, por cerca de 1.200 camponeses. Eles exigem que a Vale e a Cemig indenizem os proprietários de terras que foram prejudicados com a construção da Usina Hidrelétrica de Aimorés. A usina secou 12 quilômetros do Rio Doce.

Segundo Adivael Erculino, o Baiano, da coordenação estadual do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) no Espírito Santo, cerca de 300 trabalhadores capixabas participaram da ação contra a Vale e a Cemig. Os outros manifestantes são mineiros.

A ação em Resplendor foi realizada pela Via Campesina, da qual fazem parte o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), entre outros.

O dirigente do MPA no Espírito Santo relatou que às 6 horas desta segunda-feira, os trabalhadores da Via Campesina ocuparam a linha da ferrovia na cidade de Resplendor e os trens não puderam mais passar. Os trabalhadores relataram que muitas pessoas que tinham terras em Ituêta, Resplendor e Aimorés, em Minas Gerais, e em Baixo Guandu, no Espírito Santo, foram prejudicados com a construção da Usina de Aimorés.

“Muitas pessoas que tinham bens que valiam R$ 20/30 mil, receberam apenas R$ 3 mil, e a Vale dizia que era a sua indenização”, relatou Adivael Erculino. Como estas pessoas perderam as terras onde trabalhavam, passaram a ter dificuldades para sobreviver.

Os manifestantes exigem que cerca de 1.000 famílias vitimadas com a construção da Usina de Aimorés, no leito do Rio Doce, pela Vale e Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) sejam reassentados. A represa destruiu 2 mil hectares de terra, cerca de 2 mil campos de futebol.

Adivael Erculino afirma que os 1.200 trabalhadores da Via Campesina no Espírito Santo e Minas Gerais vão permanecer acampados e impedindo a passagem dos trens da Vale em Resplendor até a próxima quarta-feira (12). O dirigente afirma que eles exigem que o governo federal, o governo do Estado de Minas Gerais e a Vale indenizem os moradores atingidos com a construção da Usina de Aimorés.

Do governo federal os trabalhadores exigem “agilidade na Reforma Agrária, habitação para os moradores do campo e garantia dos direitos previdenciários, que estão ameaçados”.

Com a ocupação da ferrovia a Vale paralisou a circulação de seus trens de passageiros. A viagem programada para esta segunda-feira saindo da estação Pedro Nolasco, em Cariacica, às 7 horas, foi cancelada. A Vale sequer considerou a possibilidade de fazer a baldeação dos passageiros em Resplendor para trens de passageiros que viessem de Minas Gerais para o Espírito Santo.

A Vale transporta cerca de 300 mil toneladas diárias de minério por dia por sua ferrovia. A paralisação do fornecimento atinge a empresa, em Ponta de Tubarão, em Vitória. A empresa informou que acionou a polícia e adotará medidas judiciais para retirar os manifestantes da ferrovia. A ferrovia tem 905 km de extensão e corta 51 municípios nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo: liga Vitória a Belo Horizonte.


        
Usina em MG prejudicou capixabas e mineiros

A Usina Hidrelétrica de Aimorés foi construída em Minas Gerais por uma traição aos capixabas: os mineiros contaram com pessoas infiltradas no governo capixaba. Houve fraude no licenciamento, feito pelo Ibama. A indicação técnica era para que a casa de força da usina fosse construída em Baixo Guandu, no Espírito Santo.

Mas, para os impostos fossem pagos em Minas Gerais, a Vale e a Cemig montaram a fraude e mudaram o local da construção. Mesmo tendo que secar 12 quilômetros do Rio Doce. Não só os proprietários rurais perderam terras com um alagamento de uma área de mais de 30 quilômetros quadrados, três vezes maior do que ocorreria se a usina fosse construída em Baixo Guandu: pescadores passaram a não ter como sobreviver no Espírito Santo e em Minas Gerais.

A Usina Hidrelétrica de Aimorés tem capacidade instalada de 330 MW (dividida entre três turbinas 110 MW, cada). E foi construída pelo consórcio Companhia Vale do Rio Doce (CVRD - 51%) e Cemig (49%).

O Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) gerado pela hidrelétrica, que teria de ser dividido entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, com a mudança da usina para Minas Gerais fica somente com o governo mineiro. É estimado entre R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões, mensalmente.

(Século Diário, 10/03/2008)

 

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