Aos gritos de "usineiros assassinos" e "basta de trabalho escravo", um grupo de mulheres ligadas a Via Campesina - do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e da Comissão Pastoral da Terra (CPT) - jogou tinta vermelha na porta e nas paredes da sede do Sindicato do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), no bairro do Recife Antigo, na tarde de domingo.
Na manifestação, que durou cerca de 40 minutos, elas queimaram um molho de cana-de-açúcar e colaram cartazes na fachada do Sindicato contra o trabalho escravo e a monocultura da cana. A porta da entidade foi fechada e não houve conflito.
Para o presidente do Sindaçúcar-PE, Renato Cunha, a manifestação foi "sem conteúdo" e com presença de "forasteiros" que não têm conhecimento do que ocorre no Estado. Segundo Cunha, entre os manifestantes havia gente com forte sotaque estrangeiro - de fora do País ou de outras regiões.
Para ele, o protesto não atingiu os empresários do açúcar e do álcool em Pernambuco. Ele frisou não existir trabalho escravo nas 21 usinas e destilarias pernambucanas e frisou que Pernambuco é o único Estado nordestino que assinou e cumpre, desde 2004, um termo de compromisso com o Ministério
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Tribuna da Imprensa - RJ, 10/03/2008)