A má utilização do solo e dos recursos hídricos está entre os principais fatores de desertificação registrados em áreas produtivas do Estado, onde as secas estão cada vez mais prolongadas e as chuvas, concentradas. A conclusão foi apresentada sexta-feira (07), na Capital, pelo coordenador técnico do Plano de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, do Ministério do Meio Ambiente, José Roberto de Lima. Ele foi palestrante do I Seminário da Desertificação, Combate à Degradação da Terra e Efeitos da Seca no RS.
De acordo com Lima, o prolongamento da época de secas vem sendo registrado em todo o Brasil. No sertão nordestino, onde a situação é mais grave, já causa queda de 2% ao ano na produtividade das lavouras.
'A situação no RS pode não estar entre as mais graves, mas já precisa ser motivo de preocupação', alertou. Ele destacou que, além do histórico problema de desertificação na região de Alegrete, podem ser consideradas como de risco de degradação do solo todas as áreas em que prevalece a monocultura. Segundo Lima, além de evitar as monoculturas, também é fundamental o cuidado com a preservação de nascentes e de matas ciliares.
(Correio do Povo, 10/03/2008)