A concentração da Via Campesina em Encruzilhada do Sul foi a última de uma série de mobilizações realizadas em nível nacional. No Estado também ocorreram atividades em outras duas cidades.
Em Porto Alegre, uma marcha foi feita em direção à sede da Polícia Federal, onde o grupo cobrou investigação sobre a compra de terra pela Stora Enso na faixa de fronteira, área em que as empresas estrangeiras precisam de autorização do Conselho de Defesa Nacional para adquirir propriedades.
A outra manifestação aconteceu em Santana do Livramento. Cerca de 900 mulheres, segundo cálculo do movimento, deixaram o ginásio municipal em que estavam instaladas desde terça-feira e seguiram em caminhada rumo à Praça Binacional, na fronteira com Rivera (Uruguai), para um ato público. Os protestos encerraram as manifestações ocorridas no Rio Grande do Sul.
O ouvidor de segurança e reforma agrária do Rio Grande do Sul, Adão Paiani, acompanhou a mobilização de Encruzilhada. Sua presença foi determinada pela governadora Yeda Crusius. “Vim para observar as atividades. Não vamos interferir, pois não podemos ferir a liberdade de expressão”, disse. Ele destacou ainda que o propósito era conter abusos e evitar conflitos entre as camponesas e a polícia militar. No final, Paiani disse que a atividade transcorreu sem incidentes.
(Gazeta do Sul, 07/03/2008)