Quase 70% das ações previstas não aconteceram conforme programado.
Das dez atividades cumpridas, apenas três foram realizadas nos prazos previstos.
O Greenpeace divulgou nesta quinta-feira (6) a análise do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal, lançado pelo governo Lula em março de 2004, envolvendo 13 ministérios sob coordenação da Casa Civil. De acordo com o relatório, cerca de 70% das atividades propostas no plano não aconteceram como previsto.
A análise do Greenpeace, intitulada “O leão acordou”, aponta que das 32 ações estratégicas, 10 (31%) foram quase ou integralmente cumpridas, 11 (34%) foram parcialmente realizadas e 11 (34%) não foram cumpridas ou foram incipientes. Das 10 atividades cumpridas, apenas três foram realizadas nos prazos previstos.
De acordo com a entidade, o pior desempenho foi observado nas ações de fomento às atividades sustentáveis, que deveriam consolidar um modelo de desenvolvimento não predatório, adaptado à realidade da região.
Para o Greenpeace, o fortalecimento do sistema de monitoramento e controle – por parte do Ibama, órgãos estaduais de meio ambiente e polícias – é fundamental para a governança na Amazônia. Também é preciso mudar a política de incentivos financeiros e passar a investir em mecanismos econômicos que valorizem a floresta, segundo a entidade.
(G1, 06/03/2008)