Segundo coronel, não foram usadas armas letais na operação
A Brigada Militar agiu dentro da lei ao expulsar, na terça-feira, cerca de 900 mulheres da Via Campesina da Fazenda Tarumã, em Rosário do Sul. A alegação é do coronel e subcomandante geral da Brigada, Paulo Roberto Mendes.
O coronel descarta a ameaça de massacre porque, segundo ele, não foram utilizadas armas letais na operação. Ele afirma ainda que, em vários momentos da operação, foram os policiais que tiveram de se defender das ocupantes.
Quando a brigada chegou na fazenda pediram a liberação da via para as mulheres, que por sua vez, resistiram a essa decisão utilizando mais de 300 foices e 100 facões, todos novos e afiados e se voltaram contra os policiais, relata.
Segundo Mendes, o comandante da operação levou um golpe de foice no braço direito, que provocou um ferimento de 20 a 30 centímetros. Os animais foram apedrejados e feridos também, acrescenta.
De acordo com subcomandante, vários delitos foram cometidos pelos ocupantes da Fazenda Tarumã, como invasão de propriedade, interdição da via, dano ao patrimônio privado com corte de aproximadamente 4 hectares de eucaliptos e ameaça aos empregados da fazenda.
Para Mendes, a Birgada Militar agiu de acordo com a lei que determina que invasão de propriedade deve ser retirada: Nada mais restava Brigada Militar a não ser intervir.
Na ação, segundo o coronel, todas as mulheres foram presas, inclusive a líder, que foi autuada em flagrante pelo delegado da delegacia de Livramento.
(Agência Brasil, 06/03/2008)