Um pouco por todo o mundo, há cada vez mais um consenso científico de que os nossos oceanos estão em crise. Décadas de práticas destrutivas e falta de gestão contribuíram largamente para o cenário atual. De acordo com um novo estudo publicado este mês no Jornal Science, 96% dos oceanos apresentam sinais de destruição provocados pela atividade humana. Os investigadores acreditam que as pescas a nível global podem entrar em colapso em menos de 50 anos.
O Greenpeace esteve na mostra Internacional de Produtos da Pesca em Boston (EUA). Este evento é o maior da América do Norte, no qual milhões de dólares de produtos são comercializados. Todos os anos, mais de 18 mil compradores e vendedores de todo o mundo reúnem-se neste evento.
O Greenpeace conversou com compradores e vendedores acerca do papel positivo que estes podem assumir para inverter a crise atual das pescas e dos oceanos. "A indústria pesqueira tem de mudar para práticas sustentáveis para assegurar que as gerações futuras possam ter oceanos saudáveis e a possíbilidade de ter productos do mar", defende o Greenpeace.
Os ambientalistas pedem aos retalhistas para adoptar e implementar políticas de peixe sustentável, promover os melhores exemplos, melhorar a sustentabilidade das operações de aquacultura e retirar de venda as espécies sobre-exploradas e vulneráveis, assim como aquelas que são pescadas e cultivadas através de métodos destrutivos.
O Greenpeace acredita que todas as companhias da industria do peixe têm a responsabilidade de que os produtos que produzem e comercializam são originários de fonte sustentáveis. Estas práticas são boas para o ambiente e para o negócio porque "se queremos estoques abundantes de peixe amanhã, necessitamos de peixe sustentável hoje."
(Greenpeace Portugal, 06/03/2008)