A comunidade da Vila Asa Branca, na zona Norte da Capital, conheceu no dia 05 os detalhes do projeto de ampliação da coleta e tratamento de esgotos do Bairro Sarandi. O assunto foi apresentado pelo diretor-geral do Departamento de Esgotos Pluviais, Ernesto Teixeira, juntamente com o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Flávio Presser, além do secretário municipal do Meio Ambiente, Beto Moesch. O encontro, no CTG Recanto da Lagoa, teve a presença de lideranças comunitárias e moradores da região.
O projeto denominado Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) Sarandi contribui com 3% para a meta da prefeitura de universalizar a coleta e tratamento de esgotos, a exemplo do que já acontece com a distribuição de água tratada. Outros 77% serão obtidos com o Programa Integrado Socioambiental no Centro e na Zona Sul, deixando a Capital com 80% de esgotos tratados em 2012, e 95% no prazo de vinte anos.
As obras do SES Sarandi terão início pela área de abrangência do chamado sub-sistema Vila Elizabeth Ampliado (vilas Asa Branca, Santa Rosa e Nova Brasília). A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e a Secretaria do Meio Ambiente (Smam) já deram a Licença de Instalação. Os trabalhos começam ainda neste mês e têm prazo de 180 dias, a cargo da empreiteira Grimon. Somente na Vila Asa Branca, serão lançados 2,7 mil metros de redes coletoras. As obras de drenagem vão livrar das inundações cerca de 2/3 da área de 10 hectares, onde residem 800 famílias.
Investimento de R$ 45 milhões
Será necessário desapropriar um terreno particular e reassentar 24 famílias instaladas no trajeto do dique que será construído. A redução da presença insetos, roedores e dos riscos de propagação das doenças de veiculação hídrica (hepatite, diarréia, etc) vai trazer qualidade de vida à população local. Somente nas obras da Vila Asa Branca, serão investidos R$ 20,5 milhões, com recursos próprios do Dmae e da Caixa Econômica Federal. Até 2010, todo o sub-sistema Vila Elizabeth Ampliado receberá investimentos calculados em R$ 45 milhões até 2010.
"A obra é reivindicada junto ao DEP há mais de 30 anos, pois esta é uma das áreas de Porto Alegre que apresenta os maiores problemas de alagamentos, com incidência inclusive, no ano passado, de hepatite entre as crianças da região. É a segunda maior obra de drenagem da cidade depois do Conduto Forçado Álvaro Chaves", afirmou o diretor-geral do DEP, Ernesto Teixeira.
(Prefeitura de Porto Alegre, 06/03/2008)