A jornalista Ana Amélia Lemos mais uma vez tratou, em sua coluna diária em ZH, a respeito das áreas de fronteira. Segundo informou ontem (05), o recrudescimento das tensões nas fronteiras do Brasil com Venezuela e Colômbia poderá contaminar a discussão da emenda que reduz de 150 para 50 quilômetros o limite de área de fronteira. Segundo Ana Amélia, a emenda aprovada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado mantém o limite maior para toda a região amazônica onde questões relacionadas a narcotráfico, guerrilha e contrabando (madeira e biodiversidade) continuam sendo desafios aos órgãos públicos responsáveis, a começar pelas Força Armadas.
De acordo com o comentário da jornalista, o autor da emenda que reduz o limite de área de fronteira, senador Sérgio Zambiasi (PTB), ao contrário, acredita que a mudança viabilizará o desenvolvimento fronteiriço e criará condição de convivência harmônica entre os países. A proteção excessiva do Estado redundou no território controlado pela guerrilha, avalia.
O diretor da Agência de Desenvolvimento de Uruguaiana, Fernando Martins de Menezes, argumenta que a redução do limite de fronteira não resolve, porque esse município e Itaqui, São Borja e Livramento estão nos 50 quilômetros. Menezes acha que não deveria ter limite algum e que as Forças Armadas responderiam pela soberania nacional.
(Platéia, 06/03/2008)