Uma das maiores empresas do setor de Papel & Celulose em kraft, a Celulose Irani (Bovespa RANI3 e RANI4) é a primeira empresa do Brasil a certificar o seu Inventário de Gases de Efeito Estufa – GEE de acordo com a norma internacional ISO 14.064, de 2006. A certificação foi feita pela BRTUV e constatou que a IRANI emitiu, no ano de 2006, 102.478 toneladas de carbono equivalente e removeu da atmosfera 638.630 tCO2e, resultando em uma remoção liquida de 536.152 tCO2e. Desta forma, as atividades da IRANI são consideradas Carbono-Neutras, por retirar mais carbono da atmosfera do que emite.
A remoção do carbono ocorre em função do grande volume de florestas plantadas da empresa e de sua geração de energia limpa. A IRANI tem 33 mil hectares de terras em Santa Catarina, com 17.000 hectares de florestas de pinus plantadas, e 10.400 hectares de terras no Rio Grande do Sul, dos quais 8 mil hectares de plantação de pinus. Cada hectare de floresta plantada seqüestra da atmosfera aproximadamente 8 toneladas de carbono por ano.
Além da remoção feita pelas florestas, outro fator que contribui significativamente para o resultado do inventário é a geração de energia. Do total de energia consumida pelas atividades industriais da IRANI, 81% é de geração própria. Totalmente à base de recursos renováveis, provém de suas três hidroelétricas e duas termoelétricas à base de biomassa e, portanto, a empresa não utiliza combustíveis fósseis para gerar energia.
Em 2005, com o projeto de co-geração de energia, a IRANI foi a primeira empresa do setor de papel e celulose do Brasil e a segunda no mundo a ter créditos de carbono emitidos e comercializados pelo Protocolo de Kyoto.
O inventário de carbono foi realizado pela IRANI com a consultoria da empresa MundusCarbo, de Belo Horizonte-MG e seguiu as orientações da norma ISO 14.064, GHG Protocol e IPCC 2006 Guidelines for National Greenhouse Gases Inventories.
“Buscamos com a certificação dar confiabilidade e credibilidade às informações, manter um controle padronizado do inventário, proporcionando uma gestão mais eficaz do balanço de carbono”, diz Pericles Pereira Druck, Diretor Superintendente da Celulose Irani S.A.
Outro objetivo do inventário, além de orientar a redução do impacto ambiental da IRANI, é procurar identificar oportunidades de novos projetos de geração de créditos de carbono. O cálculo das emissões de 2007 já está em andamento.
O projeto de Co-Geração de energia registrado em 2005 já teve três emissões de créditos, os CERs (Certified Emission Reductions), que foram vendidos para a Shell. No dia 21 de janeiro deste ano a empresa teve o seu segundo projeto de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) registrado pelo Protocolo de Kyoto, da ONU. Trata-se de uma estação de tratamento de efluentes, localizada na fábrica de Vargem Bonita-SC, que tem potencial para reduzir 55.000 toneladas de emissões de carbono por ano. Este projeto recebeu um investimento de R$ 7 milhões e já está em operação.
Os créditos gerados antes do registro do MDL, os VERs (Verified Emission Reductions) foram vendidos no mercado voluntário. Na concepção destes projetos de carbono, a IRANI contou com a consultoria da Ecosecurities, do Rio de Janeiro-RJ.
Outros dois projetos identificados pelo inventário estão em fase de estudo e deverão ser implementados em 2008.
A IRANI acredita que a busca pelo desenvolvimento sustentável é uma forma de garantir a continuidade dos negócios e tornar a empresa mais competitiva, além de reduzir o impacto no meio ambiente. O ganho de eficiência no uso dos recursos naturais, a redução do desperdício, a preferência por recursos naturais renováveis em detrimento dos fósseis, o envolvimento com as comunidades, sociedade e governos é uma forma de potencializar os retornos econômico-financeiros e proporcionar rentabilidade superior, legitima e sustentável para os acionistas.
(
Pauta Social, 04/03/2008)